UMA REVISÃO SOBRE A RELAÇÃO DO VÍRUS DA COVID-19 COM PERDA DO OLFATO

10/02/2024 19:54

A Revista Acadêmica Online, com prazer, introduz o estudo intitulado UMA REVISÃO SOBRE A RELAÇÃO DO VÍRUS DA COVID-19 COM PERDA DO OLFATO" de lavratura dos pesquisadores:  Antonio Carlos de Lima filho, Pedro de Lemos Menezes.

 

O artigo discute a relação entre a COVID-19 e os distúrbios olfativos, destacando os mecanismos fisiopatológicos subjacentes a essa associação. O SARS-CoV-2, vírus responsável pela COVID-19, tem em sua estrutura a proteína de espícula, que se liga ao receptor ACE2 nas células hospedeiras, facilitando a entrada do vírus. Comparado ao SARS-CoV original, o SARS-CoV-2 possui maior afinidade com o receptor ACE2, devido a alterações em hotspots virais específicos. No sistema olfatório humano, as moléculas odoríferas são detectadas pelos neurônios receptores olfativos (ORN) no epitélio nasal, com a contribuição de células não neuronais, como células sustentaculares e de Bowman. Estudos recentes associaram a perda do olfato à COVID-19, com evidências de que o vírus pode afetar o epitélio olfatório, levando à anosmia e hiposmia. A pesquisa revisou 657 artigos, dos quais 18 foram incluídos na análise. A maioria dos estudos foi realizada na Europa e na Ásia, abordando desde o mecanismo de entrada do vírus até os mecanismos fisiopatológicos associados à anosmia. O dano ao epitélio olfatório parece ser o principal mecanismo por trás dos distúrbios olfativos causados ​​pela COVID-19, com uma preferência do vírus por células não neuronais. Fatores epidemiológicos, como idade e estilo de vida, também influenciam a prevalência dos distúrbios olfativos, com estudos sugerindo uma correlação entre a expressão do receptor ACE2 e a idade, além de uma maior probabilidade de desenvolver distúrbios olfativos em fumantes e mulheres. As mutações genéticas do SARS-CoV-2 também contribuem para diferentes prevalências de anosmia, com a variante G614 associada a uma maior incidência de anosmia e a uma maior transmissibilidade. Em conclusão, a COVID-19 pode desencadear distúrbios olfativos devido ao dano ao epitélio olfatório, com uma preferência por afetar células não neuronais. A compreensão desses mecanismos é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas e preventivas.


Palavras-chave: COVID-19; Distúrbios olfativos; Mecanismos fisiopatológicos; Epitélio olfatório.

 

A REVIEW ON THE RELATIONSHIP OF THE COVID-19 VIRUS WITH LOSS OF SMELL.

 

ABSTRACT

The article discusses the relationship between COVID-19 and olfactory disorders, highlighting the pathophysiological mechanisms underlying this association. SARS-CoV-2, the virus responsible for COVID-19, has a spike protein in its structure, which binds to the ACE2 receptor on host cells, facilitating the entry of the virus. Compared to the original SARS-CoV, SARS-CoV-2 has greater affinity for the ACE2 receptor, due to changes in specific viral hotspots. In the human olfactory system, odor molecules are detected by olfactory receptor neurons (ORN) in the nasal epithelium, with the contribution of non-neuronal cells such as ursocular and Bowman cells. Recent studies have linked the loss of smell to COVID-19, with evidence that the virus can affect the olfactory epithelium, leading to anosmia and hyposmia. The research reviewed 657 articles, of which 18 were included in the analysis. Most studies were carried out in Europe and Asia, covering everything from the virus entry mechanism to the pathophysiological mechanisms associated with anosmia. Damage to the olfactory epithelium appears to be the main mechanism behind olfactory disorders caused by COVID-19, with the virus preferring non-neuronal cells. Epidemiological factors such as age and lifestyle also influence the prevalence of olfactory disorders, with studies suggesting a correlation between ACE2 receptor expression and age, as well as a greater likelihood of developing olfactory disorders in smokers and women. SARS-CoV-2 genetic mutations also contribute to different prevalence of anosmia, with the G614 variant associated with a higher incidence of anosmia and greater transmissibility. In conclusion, COVID-19 may trigger olfactory disorders due to damage to the olfactory epithelium, with a preference for affecting non-neuronal cells. Understanding these mechanisms is crucial for developing therapeutic and preventive strategies.

Keywords: COVID-19; Olfactory disorders; Pathophysiological mechanisms; Olfactory epithelium.

 

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https://doi.org/10.36238/2359-5787.2024.035

 

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