Ensaios
O Ensaio caracteriza-se pela exposição crítica de determinado assunto, e nesse caso, pode apresentar linguagem literária e o uso da primeira pessoa. O ensaísta, pode apresentar um texto informal, quando lhe convir para sua criação, uma linguagem mais livre, que permita transparecer no tom de seu trabalho, seu pathos e criação individualizada; ou formal, quando devem ser seguidas as características do texto acadêmico e científico, tais como objetividade, organização lógica, problematização da questão tratada, espírito crítico, etc.
As áreas de maior incidência de artigo são Filosofia, Literatura, Teoria Crítica Literária, não sendo incomum, no entanto, ensaios sobre doutrinas jurídicas, teorias economias e teoria das organizações em administração de empresas.
Para a elaboração de ensaio, quando for solicitado por professores, é importante utilizar as fontes que constam da bibliografia da disciplina referida. Neste caso, pode-se citar os textos lidos durante a elaboração do ensaio, bem como outros textos de escolha do próprio autor (outras obras do autor, artigo já lidos no curso ou por escolha pessoal). No uso das citações estas devem explicitar as referências teóricas utilizadas durante a construção do trabalho.
Suas principais diferenças em relação artigo, é o fato de não demandar formalmente todos os detalhes do percurso metodológico-científico e fontes adotadas, ficando a critério interno do autor, embora no arremate final de seu trabalho, o ensaísta aponte ou faça uma listagem dos principais autores e setores que apoiaram as perspectivas desenvolvidas. No artigo, diferentemente, busca-se comprovar através de dados que foram obtidos segundo todos os passos formais de uma metodologia científica, pautando-se pelo rigor ao material utilizado.
O Ensaio é, portanto, uma espécie trabalho acadêmico, de cunho literário e filosófico, menos formal, mais flexível, e (des) codificado em relação ao artigo; nessa modalidade o autor expõe ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de um determinado tema que se propõe a ponderar. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc., sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, o filósofo espanhol José Ortega y Gasset o definiu como "a ciência sem prova explícita".
O objetivo do ensaio é fazer algo comum, de fácil leitura, em que se possa fazer rápido, sem compromisso em dizer a verdade ou provar tal coisa, algo que possa ser discutido em casas de cafés, de intelectuais a cidadãos comuns. É por isso que o ensaio se tornou um gênero literário tão popular
Já o artigo científico, o objetivo principal é o de divulgar e tornar conhecidos os resultados de uma pesquisa científica. No artigo científico devem ser formalmente explicitados os seguintes aspectos: o problema investigado; as referências teóricas utilizadas, ou seja, as teorias que fundamentam a pesquisa, a a metodologia empregada e os resultados alcançados.