Mediação de Conflitos

Mediação de Conflitos

Mediação de Conflitos

 

                                                                                                                      Por Veronice da Silva Guedes

 

Este artigo enfatiza o papel do mediador perante as várias situações surgidas no âmbito escolar em meio aos conflitos. Segundo HAYNES e MARODIN, a “mediação é um processo na qual uma terceira pessoa o mediador - auxilia os participantes na resolução de uma disputa”. Mediar conflitos é simplesmente saber dialogar com ambas as partes envolvidas, as várias formas de conversas e de estratégias voltadas ao processo de resoluções das divergências. O profissional envolvido deverá sempre ter um olhar amenizador e de postura segura com coerência nas palavras.

Socializando e interagindo ambas as partes em um contexto de saber conversar com clareza e de amenizar situações com sabedoria de causa. Nas instituições escolares o acervo de conflitos envolvendo alunos, familiares e profissionais tem sido uma problemática preocupante, devido à falta de conhecimento de muitos profissionais, que despreparados se mostram desinteressados a fazer tal função, em uma realidade onde a agressividade tem gerado raios de violência e a sociedade a base de situações desestruturadas, desencadeia reações adversas, conduzidas a acomodação gerando stress. A mediação sendo trabalhada como facilitadora nas ações interpessoais, formalizando o correto pra ambas as partes. O ato de transmitir a paz, sendo inserido positivamente no espaço escolar.

 

PALAVRAS CHAVE: Mediar, Conflitos, Restaurar, Interagir

 

RESUME

 

This article emphasizes the mediator's role before the various situations that arise in schools amidst conflict. According HAYNES and Marodin, the "Mediation is a process in which a third party mediator - assists the participants in the resolution of a dispute." Mediate conflicts simply knows dialogue with both parties, the various forms of conversations and strategies focused on the process of resolutions of disputes. The professional involved should always have a reliever and safe posture look with consistency in words.

Socializing and interacting both parties in the context of know talk with clarity and ease situations wisely cause. In schools the collection of conflicts involving students, families and professionals has been a worrying problem due to lack of knowledge of many professionals who are unresponsive unprepared to do so function in a reality where aggression has generated rays of violence and society the basis of unstructured situations, triggers adverse reactions, conducted the accommodation generating stress. Mediation being worked as a facilitator in interpersonal actions, formalizing the right to both parties. The act of transmitting peace, being inserted positively at school.

 

KEYWORDS: Mediate, Conflict, Restore, Interact

 

 

INTRODUÇÃO

 

O artigo Mediação de Conflitos tem como proposta mediar conflitos trazidos do ambiente de convivência familiar e refletidos em sala de aula. Atendendo as várias indagações dos estudantes em sala de aula, onde os mesmos relatam situações vivenciadas em suas famílias e vizinhos, profissionais envolvidos também com tais conflitos. A educação nos dias atuais tem sua parcela de contribuição ,quando na escola são vivenciadas as práticas educativas, associadas a valores, afeto, amor, respeito, cuidados, que integram a formação do educando. É por isso que aceito o desafio de olhar a realidade trazida por cada estudante. Sabendo que o papel da escola é de contornar a conduta e educar os estudantes para o convívio de origem sócio-educacional.

Diante da desestrutura familiar encontrada em várias realidades em nosso país e que tem sobrecarregado a escola com tamanhas problemáticas, o docente em meio a tantas situações surgidas, precisa ser muita das vezes, um desafiador a mediar conflitos em sala de aula diariamente. Mediante esse fator originário sendo enfrentado, pelos educandos, fica o desafio de refletir e planejar momentos de intervenção para mediação de conflitos. Em consonância com a proposta pedagógica da escola, e voltada aos interesses de uma aprendizagem de valor, evitando a evasão e considerando assim o alcance de resultados satisfatórios, através das metas e ações previstas no IDEB (INDICE DE DESENVLIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA).

Nas instituições escolares, a quantidade de conflitos envolvendo aluno, familiares e profissionais tem sido uma problemática preocupante, devido à falta de conhecimento de muitos profissionais, que despreparados se mostram desinteressados a fazer tal função, em uma realidade onde a agressividade tem gerado raios de violências e a sociedade a base de situações desestruturadas, desencadeia reações adversas, conduzidas a acomodação gerando stress. A mediação sendo trabalhada como facilitadora nas ações interpessoais, formalizando o correto para ambas as partes. O ato de transmitir a paz, sendo inserido positivamente no espaço escolar. De acordo com a Rev. psicopedag. Vol.27 no. 82 São Paulo 2010. Dificuldades de leitura: Nestes casos, o mediador ajuda os estudantes a rever informações sobre trabalhos ou relatórios, aulas de revisão de classe. Compartilha leituras, para que não haja sobrecarga na tarefa. Organiza a produção da escrita, quando a dificuldade prejudica muito a expressão de seus pensamentos.

 

 Segundo a letra da música: Silêncios e Palavras, cantada pelo Padre Fábio de Melo:

Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória. Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer. Calma para ouvir.

 

O PAPEL DO MEDIADOR DE CONFLITOS NO ÂMBITO EDUCACIONAL

 

O mediador educacional tem que estar preparado e seguro em meios aos diálogos direcionados aos chamados “conflitos no âmbito escolar”. Em busca de uma orientação pacifica, onde socialize as partes que no momento estarão em raios de agressividades. É preciso e necessário que o mediador educacional, seja um profissional, que tenha uma formação e conhecimentos direcionados ao equilíbrio e sabedoria, pautadas em uma educação transmissora de paz e união, servindo de base para a mediação. Conflitos acontecem não só com o educando, mas com profissionais e pais também. Encontrar alguém que se preocupe com a problemática do outro não é fácil. Pois estamos buscando sempre um refugio, nas pessoas que não estão preparadas para auto-ajuda, e mediar com clareza os chamados conflitos internos. A falta de amor entre muitos já se esfriaram, esse sentimento que poucos o conhecem.

Não adianta tentar fazer tudo certinho aos olhos dos outros, quando existe um conflito interno, que apenas VOCÊ e VOCÊ mesmo podem resolver.

                                                                       Priscila Ogg

 

Querer desenvolver esse artigo, sobre o tema abordado, foi devido a relatos trazidos e vivenciados, com temáticas envolvendo agressividades entre educadores, pais e filhos, irmãos, vizinhos e até mesmo funcionários, que não se entendem e usam expressões verbais, muitas vezes físicas. E isso ocasiona influências negativas na vida dos envolvidos, que em alguns casos, o pai se encontra detido. Se um pai é alcoólatra, é agressivo com a esposa, vive drogado e o filho presencia tudo isso, na escola ele não vai ter um comportamento exemplar, vindo a ser agressivo. É possível perceber ao se comunicar com alguém, que muitos não estão habituados ou abertos a conversas. Pois não estão acostumados a ouvir ou serem ouvidos a cerca de seus conflitos. De imediato podemos entender que uma família mal resolvida, desencadeará vários conflitos. Uns buscam ajuda de forma errada, preferindo abafar em suas caixas internas seus maiores conflitos, transformados em solidão e angústias, causadoras das diversas depressões e doenças da alma. É preciso à cima de tudo ter humildade para enfrentar as situações e buscar soluções que ofereça paz, afetividade, escuta orientações, equilíbrio e amor. Mas que tenha força de vontade principalmente para aceitar a ajuda e compromisso com quem está do outro lado, mediando esses transtornos. Faz-se necessário a compreensão, que uns precisam dos outros e que não vale a pena discussão e sim diálogos, para solução dos mais variados conflitos surgidos.

A escola tem grande importância e influencia satisfatórias para o incentivo a mediação de conflitos, trabalhando junto à equipe educacional, comunidade e estudantes, atividades relacionadas ao tema Mediação de Conflitos. Práticas de leitura e escrita (estórias que envolva a questões de mediação e conflitos); Interação/trabalhando as regras de convivência; Conceitos básicos; Expressividade; Equilíbrio e sentimentos; Resgatando valores; “Trabalhando o respeito individual e coletivo”; As funções sociais e éticas do ser cidadão; Conhecendo seu eu interno; Relatos das experiências vividas; Trabalhando a solidariedade, envolvendo a matemática; Práticas de matemática (operações matemáticas envolvendo a mediação e o conflito); Vídeos; Palestras; Jogos: bingo quebra cabeça, dominó, jogo da memória; Exposição de trabalhos; Relatos; Poemas; Poesias; Textos; Teatro com fantoches; Dinâmicas de grupo; Musicas e Dramatizações.

 

                                                    (...) Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...). Temos de saber o que fomos para saber o que seremos.

                                                                                   Paulo Freire

 

O PAPEL DA JUSTIÇA RESTAURATIVA NA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

 

De acordo, com Tânia Almeida em seu artigo, a mesma enfatiza a mediação de conflitos, como um instrumento mais utilizado nos programas de Justiça Restaurativa.

A Justiça restaurativa procura equilibrar o atendimento às necessidades das vítimas e da comunidade com a necessidade de reintegração do agressor à sociedade. A possibilidade de conhecer o impacto de suas ações e de eventualmente esclarecer que as conseqüências do seu ato transcenderam a sua intenção, bem como o reconhecimento do erro, podem igualmente atuar como diferencial para a instauração de uma etapa de melhor qualidade na história do ofensor.

Segundo (United Nations, 2002).  Um processo restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima, o ofensor e/ou qualquer individuo ou comunidade afetada por um crime, participem junto e ativamente da resolução das questões advindas do crime, sendo freqüentemente auxiliados por um terceiro investido de credibilidade e imparcialidade.

 Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.

Nelson Mandela

 

REFERÊNCIAS DE CONSULTA:

Tânia Almeida

 

United Nations, 2002).

 

R HAYNES e MARODIN

Rev. psicopedag. Vol.27 no. 82 São Paulo 2010

Paulo Freire

Priscila Ogg

Padre. Fábio de Melo

Nelson Mandela

IDEB