Cegueira e Compensação: Algumas ideias sobre suas origens

Cegueira e Compensação: Algumas ideias sobre suas origens

Cegueira e Compensação: algumas ideias sobre suas origens

 

 Por Daniela Leal

 

Sabe-se que desde os mais remotos tempos até os dias de hoje as pessoas cegas foram pensadas de várias formas, ora vistas à imagem de uma pessoa sofrida que vive nas trevas e em eterna escuridão, ora a ideia de pobres indefesos, inúteis e desajustados ou possuidores de insights e poderes sobrenaturais. Todavia, há um outro grupo que concebe a cegueira não somente como um defeito, uma insuficiência, mas como condição que origina e põe em ação novas forças e funções para que a pessoa cega se desenvolva. Partindo desse princípio, este artigo que aqui se apresenta, tem por objetivo apresentar brevemente, a partir da história da cegueira, o conceito de compensação, assim como o processo ocasionado por ele para compreensão do desenvolvimento e da aprendizagem da pessoa cega.

 

A cegueira na história

De acordo com Martínez (1991), a maior parte dos casos de cegueira durante a Pré-histórica relaciona-se com os hábitos de higiene adotados, ou melhor, ignorados pelos povos, bem como pelas enfermidades sofridas pelas mães durante a gestação. A cegueira, entretanto, neste período, relacionava-se muito mais a castigos voltados a uma misteriosa culpa ou a pecados cometidos do que as condições inicialmente descritas. Por exemplo, em algumas tribos indígenas independente de ser o chefe da tribo ou um simples habitante, quando alguém era acometido pela cegueira era considerado morto, incurável e, muitas vezes, o matavam devido a ideia ancestral da culpa tão amplamente divulgada pelo homem primitivo. Todavia, não se pode generalizar que a cegueira tenha sido vista apenas como castigo ou algo ruim, pois há relatos de povos em Madagascar, Austrália e Tasmânia, por exemplo, que consideravam a agilidade tátil, auditiva e olfativa dos cegos como prodigiosa e, com isso, os elevavam ao patamar de bruxos e amigos dos deuses ou, ainda, lhes davam o papel de bardos ou recitadores, com o objetivo de transmitir a história de forma oral, de geração em geração.

Com a chegada da Idade Antiga a concepção sobre as pessoas cegas ganha diferentes expressões apesar de uma parte significativa das civilizações continuarem a considerá-la mais como castigo por uma culpa do que consequências das condições sociais, higiênicas e climáticas da sociedade em que viviam, ou mesmo, a utilizarem-se como instrumento de punição (castigo aplicado aos inimigos ou àqueles que ousavam pecar contra o sexo, o adultério ou à divindade). Em países como Israel, por exemplo, chegou-se a dizer que Deus castigava com a cegueira aqueles que tinham em suas raízes um pecado (MARTÍNEZ, 1991). Reis e rainhas legisladores, entre outros, olharam a cegueira com outros olhos, oferecendo-lhes a oportunidade de formação e aperfeiçoamento, além de cargos de confiança, como a guarda dos documentos secretos da cidade.

Na Idade Média “as concepções sobre a cegueira pouco se modificaram, principalmente no que se refere à cegueira como castigo/punição ou a cegueira como um dom divino. “O que diferenciou esse período dos demais foi, primeiro, o caráter que a pessoa cega assume perante algumas religiões [...] e, segundo, o surgimento de possibilidades de escrita para as pessoas cegas” (LEAL, 2013, pp. 50-51). Ao que se refere à religião, se antes a maioria era proibida de exercer cargos, frequentar templos, nesse período, os cegos passaram a ser considerados e respeitados, gozando de excelente tratamento. Segundo Martínez (1991), na China, por exemplo, muito cegos dedicaram-se ao ministério religioso como bonzos ou monges budistas; no Tibete não existia nenhum tipo de inconveniente de um cego chegar a ser lama, afinal, segundo eles, “a inteligência não trabalhava unicamente com a luz nem residia nos olhos” (MARTÍNEZ, 1991, p.337). Com relação à escrita, algumas civilizações dedicaram-se significativamente para que os cegos conseguissem expressar o que aprendiam ou pensavam por intermédio da escrita. No Japão, por ter sido um dos países que mais respeitou e incentivou as pessoas cegas, já no século IX empregava-se a escrita firakana em relevo para anotar. Os muçulmanos, apesar de ser o povo que mais puniu por intermédio da cegueira, também fizeram ensaios para ensinar as pessoas cegas a escrita normal com tiralíneas e a leitura com relevo dos alfabetos.

Nesse período, também, forma criadas algumas instituições na Europa para as pessoas cegas, sendo a Quinze-Vingts, na França, a mais conhecida. De acordo com Martínez (1991), a Quinze-Vingts foi criada para abrigar os mendigos sem visão de Paris, com o objetivo de formar uma “irmandade na qual homens e mulheres tratavam-se com o título de irmãos, e de corporação protetora dos direitos dos cegos a mendigar, como proteção” (MARTÍNEZ, 1991, p.490). Seu modelo de trabalho e estrutura foi pouco a pouco sendo divulgado e outras instituições, com o mesmo propósito, foram criadas na Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha. Cabe destacar que, “a fundação de asilos e hospitais para cegos, não pretendia, de modo algum, elevar sua condição social e, muito menos, melhorar seu nível cultural” (MARTÍNEZ, 1991, p.491).

Com a chegada da Idade Moderna e as grandes transformações que influenciaram no desenvolvimento de vários países: a invenção da imprensa, a queda de Constantinopla, o descobrimento das Américas e a aparição do protestantismo, as pessoas cegas apesar de manterem-se a princípio diante das mesmas concepções de outras épocas – ora seres divinos, ora seres místicos, ora pecadores, oras dotados de dons especiais por intermédio de uma compensação natural –, passaram a ser vistas como pessoas que precisavam interagir com a sociedade, não somente pela mendicância, mas sim por intermédio da leitura e escrita. De acordo com Martínez (2000), em todas as épocas existiram sistemas criptográficos e procedimentos para a comunicação entre os cegos e os videntes, mas foi somente neste período que buscou-se descobrir e aplicar métodos que atendessem a todos e de fácil manuseio.

Vale lembrar que na Idade Moderna devido as condições sociais às quais estavam submetidas as pessoas, em decorrência do aumento da pobreza, muitos países obrigaram os poderes públicos a implantar leis para o controle e erradicação das pessoas menos desfavorecidas, inclui-se aqui também os cegos. Os espanhóis, por exemplo, garantiam esse controle agregando a maioria dos cegos dentro dos asilos, irmandades ou sociedades; na América, devido as leis de sobrevivência muitos eram eliminados. No entanto, grandes nomes se destacaram nesse período por suas iniciativas frente ao desenvolvimento da pessoa cega: Diderot acreditava que os cegos eram suscetíveis à instrução, portanto cabia ao Estado ensinar-lhes; Rousseau defendia o ensino de uma pedagogia metódica dos sentidos; Valentín Haüy dedicou-se ao ensino dos cegos e contribuiu para a promulgação da uma lei estatal para o ensino dos mesmos. Mostrando, dessa forma, que muitas ideias sobre o ensino das pessoas cegas foram concebidas durante o século XVIII e, posteriormente transformadas com a chegada da Contemporaneidade.

O final do período Moderno trouxe uma série de mudanças e questionamentos, com isso a Contemporaneidade inicia-se com muitas discussões sobre a cegueira, afinal, as pessoas cegas saíram da vida privada, partiram para vida coletiva e, consequentemente, “as ideias dos cegos [começaram] a ser escutadas e postas em prática, se não em sua totalidade, ao menos parcialmente [...]” (MARTÍNEZ, 2000, p.405). Diante de tais ideias, passa-se a ter como objetivo central o direito à instrução em conjunto com procedimentos que levassem os cegos à atingirem o êxito profissional. É fato que, no primeiro momento, as escolas para cegos, segundo Martínez (2000), não tinham características de um espaço formativo, isto porque muitas eram asilos e hospícios que se converteram em colégio de cegos, não tinham profissionais qualificados e nem instalações; contudo, com a chegada da década de 1950 surgem as primeiras propostas para a inclusão das pessoas cegas nas escolas regulares, bem como a adoção dos sistema Braille para educação das pessoas que, segundo, Martínez (2000, p. 416), “permitiu demonstrar que eram pessoas normais intelectualmente e suscetíveis, consequentemente, de serem educados em qualquer ramo do saber”.

Posto isso e com base no breve relato feito sobre a vida da pessoa cega ao longo da história, nota-se que muitas foram as etapas percorridas pelas pessoas cegas para alcançarem reconhecimento, para terem direito ao ensino garantido, para terem asseguradas a criação de métodos e instrumentos para a aprendizagem e, principalmente, para serem reconhecidas como pessoas que se desenvolvem normalmente como qualquer outra pessoa, apenas utilizando-se de recursos diferenciados (LEAL, 2013). Caminhando nesse sentido, nota-se, também, que a questão da compensação sempre foi um fator de destaque e análise, ora porque acreditava-se que esta (a compensação) poderia ser um dom divino ou ora porque era um processo que se dava naturalmente, em vez de ser percebido como um processo de desenvolvimento constituído nas relações entre o sujeito acometido pela perda da visão e as pessoas a sua volta. Tal concepção somente ficará evidente no início do século XX, quando a origem do processo e do conceito de compensação passam de fato a serem discutidos pelas diversas áreas do conhecimento, principalmente pela Psicologia.

 

O conceito de compensação na compreensão da cegueira

No que se refere à etimologia da palavra compensação, encontram-se menções ao termo referindo-se a ponderação, ao equilíbrio de várias coisas juntas, a ação de pesar várias coisas ao mesmo tempo, a recompensa, ao ressarcimento de dano ou prejuízo, reparação, entre outras origens e definições que pautam-se nos negócios ou no direito.

Na Psicologia, especificamente, o termo compensação, relacionado aos processos psicológicos, foi descrito pela primeira vez por Alfred Adler, por volta do ano de 1907, a partir de sua teoria sobre a inferioridade. Para Adler (1917/1956), o estudo sobre a compensação psíquica era o ponto de partida para um novo conceito médico pautado no pressuposto de que a criança, desde o nascimento, devido a sua fragilidade, necessita a ajuda de outro ser – relações sociais. No entanto, muitas crianças chegam ao mundo dotadas de condições desfavoráveis que exigem adaptação à vida e, consequentemente, essas situações desfavoráveis ou inferioridades, como denomina Adler (1930/1948), quase sempre ocasionam uma luta entre o estado psicológico envolvido pelo sentimento de inferioridade e o surgimento da necessidade de libertar-se do sentimento de insegurança gerado pela inferioridade: compensação dos sentimentos de inferioridade.

Em suma, pode-se dizer que a inferioridade dos órgãos afeta a vida psíquica diminuindo o indivíduo diante de si mesmo e aumentando seu sentimento de insegurança, originando uma luta para a afirmação da personalidade; em outras palavras, encontram-se aqui os primeiros indícios de se desenvolver  a compensação ou a supercompensação pelos sistema nervoso central: “o sentimento de padecer uma inferioridade orgânica age sobre o indivíduo como um estímulo contínuo em seu desenvolvimento psíquico” (ADLER, 1912/1993, p.53, grifos do autor). Isto é, a existência de um órgão com condições inferiores impõe às vias nervosas novos esforços para que ocorra a compensação. Por exemplo, se o órgão da visão estiver originariamente comprometido, ocorrerá uma visão psíquica reforçada, portanto, a capacidade funcional do sistema nervoso central cumprirá o papel de agente compensatório e, consequentemente, se manifestará por reflexos, por reações sensíveis e sensações intensificadas.

Para Adler (1912/1993), portanto, o equilíbrio mediante à compensação é sempre assegurado, isto porque o defeito, a inadaptação, a insuficiência, não são apenas um menos, uma negativa, mas sim e também um estímulo para a compensação ou supercompensação. Em suas palavras, se algum órgão, causa de um insuficiência, não pode cumprir plenamente sua função, o sistema nervoso junto com o aparato psíquico assumirão a tarefa de compensar o funcionamento defeituoso, criando uma estrutura psíquica que tenda a reforçar o organismo no seu ponto fraco e ameaçado. Mostrando, assim, que os conceitos de compensação e supercompensação tornaram-se de fundamental importância para compreender o desenvolvimento e a aprendizagem da criança com alguma função ou órgão comprometido.

Schmidbauer (apud ARNOLD; ELYSEMCK; MEILI, 1982, p.259) descreve que a compensação é o “balanceamento de uma inferioridade ou insegurança, consciente ou inconsciente, em relação às ideias sociais, familiares e individuais”. Para Wundt a compensação está relacionada a questão das lesões cerebrais e as demais zonas do cérebro que suprem a falta provocadas pelas lesões ou, como denominaria Luria, “reorganização funcional” – os circuitos neurais que sobreviveram a uma lesão, reorganizam-se para executar um dado comportamento de forma diferente. O dicionário da APA (American Psychological Association), define compensação como sendo “substituição ou desenvolvimento de forças ou capacidades em uma área para compensar falhas ou deficiências reais ou imaginárias em outra. [...] pode ser um processo consciente ou inconsciente” (VANDENBOS, 2010, p. 193).

Segundo Vigotski, a compensação é apenas um dos possíveis desfechos do processo; um dos pólos do desenvolvimento; no outro polo encontra-se o fracasso da compensação e “entre esses dois polos, entre os casos extremos, situam-se todos os possíveis graus de compensação, desde os mínimos até os máximos” (VYGOTSKI, 1927/1983/1997, p. 49). “Crer que qualquer defeito será compensado é inevitavelmente [, para Vigotski,] tão ingênuo como pensar que qualquer doença termina inevitavelmente na recuperação” (VYGOTSKI, 1927/1983/1997, p. 53).

Para Vigotski, no entanto, a teoria da compensação possui um “grão” de verdade, que reside na compreensão de que qualquer defeito não se limita simplesmente à perda da função, mas sofre uma reorganização radical da personalidade e coloca em vigência novas forças psíquicas. Levando a pensar, também, nas determinações exigidas pelo social frente ao desenvolvimento e à aprendizagem de uma pessoa com alguma inferioridade orgânica, pois acredita que a ação do defeito resulta secundária, isto é, a criança acometida pela deficiência não sente diretamente a deficiência, mas percebe as dificuldades que dela derivam, ou seja, a consequência do defeito nas relações sociais. Em suas palavras,

[...] o processo de desenvolvimento de uma criança deficiente [, por exemplo,] está condicionado socialmente de forma dupla: a realização social do defeito (o sentimento de inferioridade) [...] [e] a orientação social da compensação em direção da adaptação às condições do meio, que foram criadas e que se formaram para um tipo humano normal. (VYGOTSKI, 1929/1983/1997, p.19).

No caso da pessoa cega, a fonte de compensação não é somente o desenvolvimento do tato ou da audição, mas também a utilização da linguagem, pois esta é um produto social que permite a progressão do pensamento conceitual e que dará sentido ao seu discurso, para que possa estabelecer um contato com os demais a sua volta. Ou seja, a compensação que inicialmente é biológica, deverá ser substituída pela compensação social. A cegueira somente priva o cego

[...] de um “puro estímulo físico”, não fecha hermeticamente as janelas do mundo, não prova da “realidade completa”. Somente compele à interpretação social destes estímulos físicos a transladar-se a outros estímulos e a vínculos como estes. O importante é [, por exemplo,] aprender a ler e não simplesmente ver as letras. O importante é reconhecer as pessoas e compreender seu estado, e não olhá-las nos olhos. (VYGOTSKI, 1972/1983/1997, p.83, grifos do autor).

Nisto consiste o “salto vital” para a compreensão da psicologia e da pedagogia da cegueira, segundo Vigotski (1972/1983/1997). Para o autor, uma educação político-social que retire o cego do âmbito estreito de sua deficiência para a educação compartilhada entre cegos e videntes ressalta de forma precisa o verdadeiro processo de compensação.

 

Considerações Finais

Diante das ideias expostas até o momento, observa-se nos relatos sobre a história das pessoas cegas, desde a Pré-história até os dias de hoje, duas concepções, ainda enraizadas, mesmo que com os avanços sociais: a primeira, de uma cegueira enquanto castigo de Deus, pela culpa de pecados que carregam e, a segunda, a cegueira como um dom divino, principalmente quando fala-se sobre as primeiras concepções do conceito de compensação. Demonstrando, assim, como já descrito anteriormente, que muitas foram as etapas percorridas pelas pessoas cegas para alcançarem reconhecimento, para terem direito à educação, bem como assegurado o acesso a métodos e instrumentos para sua aprendizagem e desenvolvimento.

No que refere-se especificamente ao conceito e ao processo de compensação, verificou-se que este sempre esteve presente ao longo da história das pessoas cegas, ora por acreditarem que era concebido como um dom divino, ora porque se dava naturalmente, na ausência de um o outro substitui, e ora, finalmente, como um processo de desenvolvimento que se constitui nas relações entre o sujeito acometido pela perda da visão e as pessoas a sua volta. Posto isso, encontra-se nesta última afirmação o que acredita ser a grande contribuição do conceito de compensação para a compreensão da cegueira: a possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento por intermédio das relações sociais, principalmente quando refere-se à educação. Afinal, quando da presença da deficiência, do defeito, caberá a sociedade, as pessoas que estão a volta da pessoa acometida pela cegueira, por exemplo, contribuírem para a formação de valores que recuperem a posição dessa pessoa em seus espaços e grupos, além do sentimento de importância, de pertença e de uma vida útil.

Quando fala-se especificamente sobre sua aplicação, cabe relembrar que com a incorporação da teoria da inferioridade de Adler e o uso dos conceitos de compensação e supercompensação aplicados à educação permitiu-se criar novos caminhos para que as crianças com algum tipo de deficiência superassem as concepções indicadas anteriormente e se desenvolvessem adequadamente. Futuramente, com as discussões de Vigotski além de tais apontamentos passou-se a discutir que além de pensar nas compensações criadas pela insuficiência, fazer-se-ia necessário inserir as pessoas cegas na educação regular, ou seja, os conhecimentos e as aprendizagens especiais deveriam estar caminhando juntos à educação e a aprendizagem comum; o que leva à conclusão de que ao se compreender o processo de compensação como um recurso, como um instrumento que auxilia o processo de desenvolvimento e não somente como um meio de compensação do órgão, consegue-se encontrar uma chave para o que hoje denomina-se de inclusão e, consequentemente compreender a cegueira diante de suas múltiplas facetas e não somente como uma deficiência, com impeditivos para o desenvolvimento da pessoa.

 

Referências Bibliográficas

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LEAL, D. Compensação e Cegueira: um estudo historiográfico. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013.

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