A Importância da Leitura nas Séries Fundamentais

A Importância da Leitura nas Séries Fundamentais

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

 

Renata Costa Fraga

 

 

RESUMO: O presente trabalho destaca a importância de despertar a leitura nas séries iniciais. A leitura deve fazer parte da vida do educando, pois ela é uma ferramenta essencial na construção do conhecimento pleno. A leitura amplia o vocabulário, desenvolve a oralidade e forma cidadãos críticos e conscientes, prontos a fazerem uma leitura do mundo que o cerca, capaz de adaptar, transformar e interagir em sua história e em seu tempo. Este trabalho é de estudo bibliográfico e foram utilizados como fonte de pesquisa, livros, artigos e periódicos para demonstrar os aspectos que levam a despertar a leitura nas crianças nas series iniciais.

 

Palavra-chave: Leitura, formação de alunos leitores, livros, leitor, escola, educador.

 

1. INTRODUÇÃO

 

O estímulo a pratica da leitura é um dos objetivos básicos de todo a comunidade escolar. A leitura é uma ferramenta eficaz para a expressão e fixação da cultura e dos conhecimentos da sociedade, sendo a principal fonte na aquisição de saberes.

Acreditamos que a leitura é à base da construção do conhecimento e se for incentivada, acaba em prazer. Além do prazer de entrar num mundo imaginário, estimula a criatividade e o lúdico, a leitura iniciada na infância pode ser o caminho para um bom aprendizado escolar. Segundo Viegas (1997, p.13).

 

[...] ler para gostar de ler, ler para conhecer a língua, ler para conhecer o mundo. O ler para gostar de ler seria a garantia do espaço da leitura-prazer: leitura com a finalidade de divertimento, de gozo; o ler para conhecer a língua seria o momento da apropriação da estrutura da língua portuguesa; o ler para conhecer o mundo seria o momento de desvendar, de descobrir os conhecimentos culturalmente construídos (...) Primeiro a sedução, o encantamento, a paixão, a emoção; depois a tomada de consciência do que se está fazendo a razão, o conhecimento, o domínio. Se o objetivo é gostar de ler, a metodologia precisa ser o prazer, o deleitar-se e só.

 

A leitura é o ponto de partida no processo de ensino e aprendizagem. Ela leva o aluno a aumentar seu vocabulário, expressar-se melhor na escrita e adquirir gosto e prazer na leitura.

Para atingir nosso objetivo foi preciso pesquisar sobre a importância da leitura na sociedade, buscando subsídios teóricos para formar leitores. Desta forma, pretendíamos com nossa pesquisa investigar de que forma poderíamos despertar o gosto da leitura na formação do aluno leitor na faixa etária de sete a dez anos.

           .

2. COMO SURGIU A LEITURA

 

Desde o princípio da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais útil à vida em sociedade e que lhe possam tornar a vida mais feliz. A criação de artifícios que possibilitem a difusão de seu conhecimento torna-se necessário no sucesso da vida em comunidade. Assim surge a necessidade das inscrições rupestres, simbologia e mais tarde os hieróglifos e as esculturas.

 Neste contexto, surge à escrita e a leitura como um grande marco da história da civilização o homem passou a estreitar seus laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar seus interesses e resolver conflitos organizando-se assim politicamente.

 Segundo Martins (1994: 07), “o ato de ler é usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra”. Começamos a compreender, a dar sentido ao que e a quem nos cerca, são os primeiros passos para aprender a ler. Trata-se de um aprendizado mais natural do que se costuma pensar, mas tão exigente e complexo como a própria vida. Para aprender a ler e compreender o processo da leitura, não estamos desamparados, temos condições de fazer algumas coisas sozinhos e necessitamos de alguma orientação. No conceito de Zilberman (1999), “tudo começou quando a sociedade precisou criar um código reconhecido e aceito por todos, o qual seria usado para operar as relações familiares, sociais e econômicas”, ou seja, começamos a ler desde quando nascemos, pois, começamos a decodificar todos os sinais emitidos por todos ao nosso redor.

Com a invenção dos tipos móveis e da impressão mecânica propiciou, pela primeira vez, a produção em escala industrial de textos impressos.

Para que todo material pudesse ser lido e divulgado, surgiu a preocupação de como ensinar o povo a ler. Foi então que se instituiu a escola como entidade encarregada de ensinar, pois havia a necessidade da decodificação das letras por todos.

Assim o leitor de hoje é produto daquele que inicialmente não se preocupava em aprender a ler pelo prazer da leitura, mas sim, para fazer parte da pequena parcela da sociedade que detém o poder; daí a necessidade de reformular valores, estabelecer novos objetivos e direcionamentos para o velho ensino da leitura, pois graças aos conhecimentos atuais da linguística, hoje é possível compreender como a leitura se tornou mais fácil.

Nesse processo de crescimento, a história da leitura se liga intimamente à história da educação, elegendo a escola como espaço de aprendizagem, valorização e consolidação da leitura.

 

3. A LEITURA NA ESCOLA

 

A escola deve torna-se um local interessante e agradável, para a construção do conhecimento humano, daí a importância de enriquecer esse processo de ensino e aprendizagem.

Ela deve oferecer a criança condições para ter um desenvolvimento saudável estreitando os laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar os interesses e resolver os seus conflitos.

A escola tem o papel importante em relação à leitura que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles” aprendam a ler e. lendo, aprendam algo”.

Oportuna a citação:

 A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo brasileiro (BRAGA, 1985, P.7).
               

O conceito básico de leitura, nesse contexto passa a ser a “produção de sentido”. Essa produção de sentido é determinada pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seu conhecimento de mundo e de língua, que possibilitarão a leitura.

Uma vez inserida no cotidiano escolar através da leitura os alunos poderão encontrar respostas as seus questionamentos, dúvidas e indagações construindo seu processo de ensino.

 

3.1 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO LEITOR NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

Segundo Cagliari (1990:148), “a atividade fundamental desenvolvida pela escola para formação dos alunos é a leitura”. A aquisição da leitura parte de uma construção de significados através da leitura de textos, com as experiências de vida, a vivência com a família, com a sociedade, no trabalho e na escola. Segundo Freire (FREIRE, 1987:32), “o exercício da oralidade é fundamental na prática da alfabetização”. Desse modo a ação de ler o mundo está ligada aos diferentes tipos de textos e recursos utilizados na escola. Na escola, o adulto é incentivado na busca da compreensão do mundo letrado em que vive, pois na busca pela aprendizagem da leitura, ele desenvolverá sua capacidade de analisar criticamente a mensagem por ele recebida. Ler e escrever não é somente a decifração dos sons e das palavras, e sim a formação de um leitor autônomo, capaz de escolher a informação que ampliará seus conhecimentos. Nesse conjunto, Cagliari defende que,

O leitor deverá em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entendera linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente, refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu (CAGLIARI, 1999:150).

 

A escola é o lugar ideal para promover o hábito da leitura, pois se preocupa em desenvolver técnicas e estratégias, para o alcance desse objetivo, porque um desses objetivos é o de motivar o interesse pela leitura. A motivação para ler é simplesmente a diversão, em colocar em prática as habilidades adquiridas, pois segundo Abramovich (1997:163); “há tantos jeitos de a criança ler, de conviver com a literatura de modo, sem que seja algo do outro mundo, remoto, enfadonho ou chato (...)”. O aluno-leitor praticante não fica preso apenas a um tipo de leitura e sim a todas como, jornais, revistas, artigos, histórias, depoimentos, que faz com que ele se destaque positivamente, ampliando os seus horizontes e levando-o a se questionar, a contestar, a procurar as respostas dos seus porquês. Enfim, essa prática informa e transforma nossos alunos em cidadãos com capacidade de pensar, e questionar, e isso pode ser confirmado por Cagliari (1990:148), quando afirma que, “a leitura é a extensão da escola na vida das pessoas”.

O desafio é oferecer aos alunos a literatura, que possa fazer parte de sua vida, pois não se adquire a prática da leitura, lendo textos que não são interessantes, e não nos dizem respeito, mas precisamos senti-los úteis, necessários, vibrantes, e para isso precisamos ler com calma e ir descobrindo as inúmeras possibilidades da leitura, pois Cagliari (1990:150), afirma que, “a leitura sem decifração não funciona adequadamente, assim como sem a decodificação e demais componentes referentes à interpretação, se torna estéril e sem grande interesse”, e é esse o papel do professor, proporcionar momentos de puro deleite em contato com autores que tanto tem a dizer a todos nós. A motivação é o impulso, que leva o indivíduo a ler, pois ele verifica que ao ler enriquece seus conhecimentos, porque a leitura é fundamental na nossa vida, e isso pode ser afirmado pelo mesmo autor que destaca que, “a leitura é o alimento da alma” (CAGLIARI, 1990:150), portanto o que fazemos em nossa vida depende da leitura.

As motivações para a leitura e seus interesses se diferem de acordo com os leitores. A leitura não deve ser vista como uma obrigação, e sim como uma satisfação.

 

3.2 O PAPEL DO PROFESSOR NA FORMAÇÃO DO LEITOR NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

 O gosto pela leitura não é algo que aparece de repente. E necessário ajudar a criança a descobrir o que a leitura pode oferecer, e por isso, é de fundamental importância à interação entre o professor e o aluno, pois o educador tem a função de mediador entre o aluno e a aquisição do hábito da leitura.

Sempre que possível, os professores devem incentivar os alunos a ler, pois a leitura desenvolve a curiosidade, a criatividade, o encanto e o prazer pela leitura.

A partir disso, o docente mostra que, além de ser atrativa a leitura também pode oferecer informações, noticiais pesquisas e divertimento.

Temos que despertar o interesse na criança, pois elas leem quando o texto apresenta algum significado.

Para ler é preciso gostar de ler! A leitura jamais deve ser pressionada. Isso em todos os âmbitos, tanto na escola quanto e casa. Muitos pais e professores dão livros como forma de castigo. Esta não é uma atitude correta, pois as crianças perdem o gosto por ler e não a leitura por prazer, espontaneamente. A leitura como obrigação gera desmotivação, os alunos não aprendem e não a fazem com gosto.

E necessário fazer da leitura uma aliada, uma companheira, e assim ela ganhará espaço e sentido no cotidiano do aluno.

Através da leitura, agregamos valores e conhecimento que facilitaram nosso acesso à cidadania, uma melhor posição no mercado de trabalho, a orientação para um entendimento da vida em sociedade, lê-se para entender o mundo para se viver melhor. Ler é uma forma de aprender a pensar e também uma forma prazerosa de desvendar o mundo e a si mesmo.

Para formar leitores os professores precisam ter gosto pela leitura e transmiti-la de forma natural. Segundo Terzi (1995, p.43),

A exposição constante da criança à leitura de livros infantis expande seu conhecimento sobre as estórias em si, sobre tópicos de estórias, estrutura textual e sobre escrita. Ouvir e discutir textos com adultos letrados pode ajudar a criança a estabelecer conexões entre linguagem oral e as estruturas do texto escrito, a facilitar o processo de aprendizagem de decodificação da palavra escrita e a sumaria a história (...). Em suma, a exposição da criança a frequentes leituras de livros a leva s desenvolver-se como leitora já no período pré-escolar. Esse desenvolvimento contribui, sem dúvida, para uma maior facilidade em acompanhar o ensino proposto pela escola, o que redunda em maior sucesso.

                                                 

Todos nós temos que aliar esforços para oferecer um efetivo interesse a leitura, porque a leitura não deve ficar apenas na sala de aula, ela deve ser vista como uma extensão da escola na vida das pessoas. Porque grande parte do nosso aprendizado e adquirido através da leitura. E despertar este interesse na criança é um grande passo para a progressão e a continuidade da construção de seus saberes.

Para a criança os pais e professores são seus referenciais e exemplos de cultura, e de conhecimento. Se eles têm o hábito da leitura consequentemente, as crianças também se tornarão leitores assíduos, tornando-se futuramente cidadãos atuantes na sociedade.

 A leitura não pode ser uma atividade deixada para segundo plano, tanto na escola como na vida. Há um enorme descaso pela leitura, ler deveria ser a maior bagagem legada pela escola aos alunos.

 A escola deve ser um espaço para adquirimos o encanto e a motivação para tornamos leitores, porque através da leitura vivenciamos situações, sentimentos e experiências. Com a leitura ampliamos nossa imaginação, e assim somos envolvidos no maravilhoso mundo da leitura. Segundo PASSOS, citado por HAMMOUD (2003, p.12), “a leitura se trata de uma janela por onde acessamos séculos de conhecimento. Ler, entender, refletir, transformar. O livro é o passaporte para aprender a ler o mundo, viabiliza conquistas individuais e coletivas, inspira transformações e dão voz às ideias”.

A leitura precisa ter seu espaço no cotidiano das pessoas, pois ela é a fonte para adquirimos sabedoria ela é o encontro do conhecimento com a aprendizagem.

É importante que a criança tenha acesso a bons livros desde o início da sua vida. Cabe a escola cumprir este papel e ao professor incentivar seu aluno.

 

4. A IMPORTÂNCIA DE DESPERTAR O GOSTO PELA LEITURA NAS CRIANÇAS

 

Uma das formas de recreação mais importante para a criança, principalmente no que se refere ao seu desenvolvimento e crescimento intelectual, psicológico, afetivo e espiritual é a leitura.

 A literatura infantil, como meio de comunicação e modalidade da leitura, também é um dos mais eficientes mecanismos de recreação e lazer, servindo como método prático de terapia educacional.

A agitação da vida moderna, tais como a massificação da informação pela televisão, os programas televisivos inadequados, os filmes infantis instigando à violência, dentre outros aspectos, despejam sobre a criança informações que limitam a sua capacidade imaginativa.

A literatura desempenha papel fundamental na vida da criança, não apenas pelo seu conteúdo recreativo que desempenha, mas também pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao desenvolvimento.

Em seu descobrimento da vida, a criança está com seu desejo aflorado por descobrir e entender a realidade a sua volta, entusiasmada em descobrir os mistérios que aproximam do mundo exterior através dos símbolos, da leitura infantil. Nessa curiosidade e deslumbramento deverá encontrar estímulos sadios e enriquecedores que serão a tônica de sua motivação e crescimento como pessoa humana.

Portanto, deve-se estimular e propiciar ao alcance das crianças os livros infantis, dos Contos de Fadas, poesias, mitos, folclore, fábulas, teatro, permitindo-lhe penetrar em seu universo mágico dos sonhos. É o caminho não apenas de sua descoberta, mas também um dos mais completos meios de enriquecimento e desenvolvimento de sua personalidade.

Com a leitura e os livros, a criança e o jovem encontrarão caminhos, crescerão e se desenvolverão na busca de soluções para as suas inquietações e problemas de ordem intelectual, social, afetiva, ética e moral.

A literatura infantil é um dos fatores básicos para a criança buscar sua realização como pessoa humana, incumbindo às novas gerações uma grande responsabilidade quanto à mudança de concepção ideológica, de maneira a que o hábito da leitura seja propugnado desde a mais tenra idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos.

 


5. LEITURA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO E PRAZER

 

 O hábito da leitura é um processo de descobertas, que iremos nos deparar com algo que não está totalmente claro e nem preciso. Tornando assim um desafio a ser superado para torna-se cidadãos autônomos e críticos, nesse contexto Yunes (1988:145), destaca que, “ler é importante para a emancipação do leitor, para um melhor estudo e conhecimento da língua, para o alongamento das experiências pessoais e um maior conhecimento do mundo, para dar prazer”.

  A leitura serve para nos ajudar a perceber as intenções escondidas atrás das falas e situações existentes na nossa vida, ou que são representadas na literatura e nos meios de comunicação de massa. Então, ler nos ajuda a gostar de ler, conhecer a língua e conhecer o mundo, e é a partir dessas intenções que devemos ler para nos orientar, identificar a ideia principal do texto, levantar argumentos, levantar questões, fazer consultas, fazer julgamento ou inferência, tirar conclusões, avaliar personagens, emitir opiniões, comprar, levantar hipóteses, localizar informações, identificar as diversas partes do texto e fazer uso do léxico, dos conhecimentos linguísticos para que possamos compreender tudo a nossa volta.

 O ler para gostar de ler seria a garantia do espaço da leitura-prazer, ou seja, a leitura com a finalidade de divertimento, de gozo. O ler para conhecer a língua seria o momento da apropriação da estrutura da língua portuguesa, ou seja, a leitura com a finalidade de construir o conhecimento mais direcionado à disciplina de Português. O ler para conhecer o mundo seria o momento de desvendar, de descobrir os conhecimentos culturalmente construídos, ou seja, a leitura com a finalidade de investigar, de saber mais e melhor das coisas que existem no mundo, em todas as áreas do conhecimento humano.

 A leitura para se efetivar, deve preencher uma lacuna em nossa vida, precisa vir ao encontro de uma necessidade, de um desejo de expansão sensorial, emocional ou racional, de uma vontade de conhecer mais, portanto cada leitor tem que descobrir criar uma técnica própria para aprimorar seu desempenho na leitura.

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir de um texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos os textos significados para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOJO, M apud GERALDI, 1984: 80).

 

E tudo isso, ou seja, as atividades que caracterizam o bom leitor começam a nascer ou morrer a partir dos sete anos, na alfabetização, nos primeiros contatos do aluno com o texto. Tudo que vem depois é só reforço e terapia.

 

6. CONCLUSÃO

 

Para aprender a gostar de ler, os alunos precisam ser expostos à leitura e esta deve ser estimulada cotidianamente.

Os professores precisam ler com frequência para a classe, porém a leitura deve variar de acordo com o texto. Não se lê uma poesia como se lê um problema de matemática ou uma narrativa. É preciso ensinar às crianças como proceder em cada caso, mostrando-lhes como ler provas, exames, questionários, formulários, instruções, jornais, revistas etc.

Na escola, a leitura serve não só para se aprender a ler, como para aprender outras coisas, lendo e sim para treinar a pronúncia dos alunos.

A exposição da criança a frequentes leituras de livros, a leva a desenvolver se como leitora desde o início da sua trajetória escolar.

É importante que o educador conheça seu aluno, pois cada um tem sua cultura, dificuldades, gostos diferentes; o que pode parecer bom para um pode não ser para o outro. Dessa forma, será preciso que o educador aperfeiçoe sua metodologia, para assim apropriá-las a seus alunos. É preciso que o educador trabalhe com atividades interessantes, que desperte o interesse a curiosidade e o prazer para a leitura, pois muitas vezes, sentimos a necessidade e a curiosidade em saber que ideias e sentimentos, a experiência da leitura que provoca no leitor, e isso só ocorrerá se o texto já começar com um tema intrigante, questionador e desafiador. E para que isso ocorra será necessário que o educador trabalhe com textos apropriados a realidade de seus alunos.

            Cabe aqui destacar, que o hábito de ler envolve aspectos outros muito mais imprescindíveis que somente a razão e a emoção, implicam também na busca pela própria sobrevivência, uma vez que sua prática direciona o indivíduo a decodificar sua própria história.

Mesmo porque o futuro de nossa sociedade está na educação, e principalmente na educação infantil e nas séries iniciais.

 

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BARONE, Leda Maria Codeço. De ler o desejo, ao desejo de ler. 5.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1993.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 6. ed. São Paulo: Editora,1993.

FLORES, Onici Claro. Leitura Inovações necessárias para realizar exploração de textos. Revista do Professor. Porto Alegre, n.12, p.24-28, abr./jun.1996.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47.ed. São Paulo: Cortez, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987.

GERALDI, João Wanderlei. O texto na sala de aula: leitura e produção. Paraná: Educativa, 1984.

HAMMOUD, Alex. É preciso ler para ser feliz. A Gazeta Opinião. Foz do Iguaçu, 30 abr.2003. Caderno de Opinião, p.12.

MACHADO, Ana Maria. Contracorrente: conversas sobre leitura e política. São Paulo: Ática, 1999.

TERZI, Sylvia Bueno. A construção da leitura. Campinas: Pontes, 1995.

VIÉGAS, Karla Vignoli. Ler para gostar de ler. Revista do Professor. Porto Alegre, V.13, p. 13-14, out/dez. 1997.

YUNES, Eliana; PONDÉ, Glória. Leituras e leituras da literatura infantil. São Paulo: FTD, 1988