A Folkcomunicação como Mediadora das Transformações Históricas da Cultura da Brasilidade

A Folkcomunicação como Mediadora das Transformações Históricas da Cultura da Brasilidade

A Revista Acadêmica Online tem o prazer de apresentar o trabalho intitulado “A Folkcomunicação como Mediadora das Transformações Históricas da Cultura da Brasilidade”, de lavra do Professor Adson Manoel Bulhões da Silva. O autor desse artigo é Professor Universitário da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), graduado em Pedagogia, Filosofia e História; com pós-graduação em Letras, Literatura, Docência do Ensino Superior e Ética e Educação. É doutorando no Programa Sociedade e Cultura pela UFAM.

Este artigo procura enfatizar como o termo cultura é abordado na contemporaneidade e como as instituições estão se adaptando e trabalhando os inúmeros termos que estão associados à palavra cultura, uma vez que cultura também é definida como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração, através da vida em sociedade. Assim, torna-se necessário investigar as características da cultura, identificando não somente os teóricos da comunicação, cientistas sociais e folcloristas que respaldaram a tese de Beltrão, mencionada pelo autor, mas também as teorias que abordem a necessidade de uma cultura organizacional, ou seja, conjunto de normas, padrões e condições necessárias para a atuação e desenvolvimento de uma determinada sociedade. Assim, pode-se afirmar que a cultura passa a ter grande importância nesse contexto, uma vez que influenciará, com o passar do tempo, olhares e pensamentos inerentes ao desenvolvimento de cada indivíduo. 

O presente estudo analisa atentamente o que se entende por cultura na contemporaneidade, em vista de seu significado polissêmico na cultura popular e nos núcleos educacionais (principalmente no domínio das ciências humanas e sociais). As análises a serem investigadas visam elucidar respostas com cautela para as indagações: O que a palavra cultura representa para o homem contemporâneo? Como devemos interpretar noções comuns que reportam o Brasil como um país de cultura rica?

O termo cultura, conforme abordado nesse estudo, denota a ideia de cultivar, proteger e honrar com dignidade, além de se reportar à capacidade do indivíduo de se adaptar aos costumes, moral, leis e mudanças, pelas quais o contexto social mais amplo o obriga a relacionar-se.

Na esteira de obras como – Dando um jeito no jeitinho: como ser ético sem deixar de ser brasileiro REGA (2000) -, o autor com vistas a compreender a cultura popular, também examina a cultura da brasilidade, mais comummente conhecido, o jeitinho brasileiro.

Em análise bibliográfica de autores como Gramsci, Adorno e Maffesoli, o pesquisador se depara com variadas orientações teóricas tendentes a compreender os fenômenos sociais e culturais como elementos integrantes de épocas, períodos ou civilizações distintas, possuindo sentido unicamente contextual e, portanto, relativo.

Algumas correntes tendem a interpretar cultura como manifestação e criação coletiva, enquanto outras já a entendem como um processo individual de erudição que se determina com a aquisição de cultura.

O pesquisador tece algumas considerações sobre como as práticas educacionais se relacionavam com a cultura, na Antiguidade, Idade Média, no séc. XIX, e um cotejo na atualidade entre povos, Estado, burguesia e cultura, lançando um futuro questionamento: será o próprio povo o maior responsável pelo enfraquecimento e massificação da cultura popular?

 

 Artigo cultura (1).pdf (214994)