O marfim no Daomé como insígnia de poder no período do Dadá Guezo (1818-1858)

18/08/2020 22:47

A Revista Acadêmica Online, com prazer, introduz o estudo intitulado “ O marfim no Daomé como insígnia de poder no período do Dadá Guezo (1818-1858)",  de lavratura da autora  Aline de Castro Radicchi. Em ordem de apresentação curricular, nossa acadêmica Aline é:  Mestranda na área de História da Cultura do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais. Este artigo é resultado da pesquisa de mestrado fomentada pelo programa de bolsas de pós-graduação da FAPEMIG.  

O texto em pauta trata-se de artigo de revisão literatura fundado em estudos de referências bibliográficas a partir de fontes históricas nacionais e estrangeiras, como obras, artigos, relatos de viagem e documentação epistolar, da qual sublinharemos algumas palavras a respeito da peculiaridade desse documento histórico.

Esta, a súmula da pesquisa:

O marfim e os produtos elaborados a partir da talha deste representam parte da cultura material existente em África e que circulou pelo Atlântico. A partir do marfim de elefante foram elaborados objetos de adorno, objetos decorativos, musicais, armas e outros utensílios. No Daomé, localizado onde hoje é a República do Benin, houve o desenvolvimento de oficinas de artífices que trabalhavam a mando do Dadá2 Guezo (1818-1858) e que produziram diversos objetos de marfim por ele monopolizados. Estes artefatos eram utilizados para aumentar o prestígio do governante e de indivíduos ligados a ele, como seus descendentes, oficiais e religiosos, de forma que gerasse distinção dos demais indivíduos da sociedade e reforçasse o status dos grupos relacionados ao poder político.

 

Nota do Editor:

A documentação epistolar, apesar de legítimas como material escrito, não gozavam de status de documento científico até pouco tempo, no entanto, dado o reconhecimento de grandes historiadores, como o da Escola dos Annales, ela passou a ser avaliada sob novo prisma. Lucrando por sua notoriedade de ser um documento singelo, mas capaz de revelar e fornecer indícios significantes para a compreensão de um determinado ambiente cultural

Cfr.*:

“Lucien Febvre aponta para a vastidão de fontes de que o historiador dispõe para o seu trabalho (FEBVRE, 1953), indo além dos documentos escritos tradicionais, e afirma que a “história se faz com documentos escritos, quando existem” (in: CADIOU; COULOMB; LEMONDE & SANTAMARIA, 2005: 120). Mas também pode e deve ser feita com toda a engenhosidade do historiador.

“Cartas, apesar de fontes escritas, não eram utilizadas como documentos históricos até há pouco tempo “[...}No entanto, elas se revelam como um instrumento que exige toda essa engenhosidade do historiador, pela complexidade das informações que contém [...]”

“Debruçados sobre maços de cartas de temporalidades diversas (...), pesquisadores de diferentes países e tradições disciplinares trazem importantes contribuições para a compreensão da cultura escrita” (BASTOS; CUNHA & MIGNOT, 2002: 6-7). Elas já possuem, na historiografia, o status de documento. “As correspondências ordinárias, muito tempo abandonadas sobre a nave lateral da história, também adquiriram estatuto de documento” (Idem, 2002: 75-76)”.

Créditos*:

OLIVEIRA MATTOS, Raimundo César de. As Cartas Revelam – Analisando o Oitocentos através da correspondência. In:XIV Encontro Regional da ANPUH, 2010, Rio de Janeiro. Memória e Patrimônio. Rio de Janeiro: ANPUH, 2010, p.1-15.

 

Celebramos aos autora pela sua produção.

Paz e bem!

Para leitura, na íntegra em PDF, clique no link a seguir:

artcient081820.pdf (718543)