Marli Silvana da Silva - Tema Apresentado: Práticas Pedagógicas na Educação Especial

Marli Silvana da Silva - Tema Apresentado: Práticas Pedagógicas na Educação Especial

 

THE IMPORTANCE OF EDUCATIONAL PRACTICES IN SPECIAL EDUCATION

 

 

PROGRAMA DE MESTRADO INTERNACIONAL EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

 

 

MARLI SILVANA DA SILVA

 

 

 

A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

 

Artigo Científico apresentado como requisito parcial do Programa Mestrado Internacional em Ciências da Educação, pela The Grendal Colleg and University.

Orientador: Prof. Dr. Lucival Costa.

 

São Paulo – SP

2016

 

________________________________________Artigo Científico Original do Curso de Mestrado Internacional em Ciências da Educação.

 

 

 

 

A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

 

 

Silva, da Silvana, Marli.

 

 

RESUMO:  O presente artigo tem como ponto de partida refletir sobre a importância das práticas pedagógicas na Educação Especial. As práticas pedagógicas devem andar junto com a Educação Especial, sempre dialogando em prol da aprendizagem eficaz. Fazer uma reflexão de como são desenvolvidas essas práticas, sempre valorizando o potencial de cada um, pois sebe-se que cada criança tem seu tempo para desenvolver a aprendizagem e cabe ao professor observar para melhor desenvolver sua prática e assim poder atingir os objetivos no desenvolvimento da aprendizagem na inclusão. Vale ressaltar que a pesquisa pedagógica pode auxiliar a reformulação das práticas pedagógicas escolares. Outro ponto relevante é construir novas possibilidades de avaliar o trabalho do professor valorizando o ambiente onde estão inseridos, uma vez que se aprende muito com o que está ao nosso redor. Portanto da relação existente entre professor e aluno e que nos últimos tempos vem surgindo novas maneiras de ensinar e ao mesmo tempo aprender valorizando troca de experiências.

Palavras Chave: Práticas pedagógicas, Educação Especial e Valorização.

 

 

ABSTRACT: This article is a starting point to reflect on the importance of teaching practices in Special Education. The practice should go together with the Special Education, always dialoguing for the sake of effective learning. To examine how these practices are developed, always valuing the potential of each one, because if hedge that each child has his time to develop EARNING and the teacher should observe to better develop their practice and thus to achieve the objectives in development learning inclusion. It is noteworthy that educational research can help the reformulation of teaching practices. Another important point is to build new possibilities to evaluate the teacher's work valuing the environment where they live, once you learn a lot about what is around us. Therefore the relationship between teacher and student and that in recent times has emerged new ways to teach and learn at the same time enhancing the exchange of experiences.

Key words: Pedagogical Practices, Special Education and Valorisation.

 

INTRODUÇÃO

A relação do professor e aluno vem ao poucos se tornando mais dinâmica e ao mesmo tempo lúdica, para que ocorram avanços significativos no campo educacional e social.

Sabe-se que para efetivar esse avanço a tecnologia e uma grande aliada e também contribui muito na maneira de ensinar hoje.

Para atender essa nova demanda requer conhecimento e muita atualização, buscando a interação e ao mesmo tempo estimulando os alunos para que os mesmos venham adquirir habilidades propostas no currículo.

O professor necessita buscar sempre se atualizar e assim melhorar sua prática principalmente para atender os alunos com necessidades especiais, que nos últimos anos vem aumentando muito essa demanda no ensino regular.

É importante lembrar que o professor deve antes de planejar suas práticas pedagógicas deve conhecer bem a escola, ou seja, o espaço onde vai desenvolver suas práticas e assim projetar bem as atividades valorizando a especificidades de cada um dos seus alunos, tornando o aprendizado mais prazeroso para os alunos.

Segundo Santos (2013), a educação dever formar cidadãos críticos capazes de transformar o meio.

Percebe-se que muita das vezes o professor não sabe lidar com as diferenças em sala de aula, isso é decorrente de uma má formação na graduação que antes não era obrigatório a prática no currículo do professor, por esse motivo requer capacitação e atualização em suas práticas pedagógicas. Isso só será viável no momento em que o professor colaborar com a construção da autonomia para uma melhor aprendizagem principalmente da inclusão.

“Pode-se constatar no pensamento de Lima (2010, p.63)” Cabe às escolas se prepararem para receber os alunos, oferecendo-lhes um ambiente que estimule sem desenvolvimento e proporcionando independência e autonomia para garantir seu desenvolvimento escolar”.

Essa visão nunca foi antes tão discutida como agora, isso ajuda muito a interligação das pessoas com o mundo globalizado querem nos últimos anos tendo mudanças significativas no ensino, principalmente no campo da inclusão. Essa globalização atinge a todos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo que a família tem papel importantíssimo, para auxiliar o desenvolvimento do aluno.

Com base no que foi discorrido, esse artigo apresenta uma discussão teórica sobre a importância das práticas pedagógicas do professor e as alterações que veio ocorrendo nos últimos anos principalmente nas instituições de ensino.

Desenvolvimento da pesquisa

 

A VALORIZAÇÃO DA INCLUSÃO NO ESPAÇO ESCOLAR

O espaço escolar é entendido com meio de interação entre todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, preparando principalmente os alunos de inclusão para ter uma melhor convivência com todos e com a sociedade em que está inserida.

“A principal função social pedagógica da escola é a de assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais pelo seu empenho na dinamização do currículo, no desenvolvimento de processos do pensar, na formação da cidadania participativa e na formação ética.” (Libânio, 2004, p.137).

Vale ressaltar o quão é importante elaborar um currículo que valorize a todos, por esse motivo tem-se que valorizar a construção do PPP (Projeto Politico Pedagógico), de acordo com a visão da escola na busca de uma igualdade, sempre respeitando as diferenças.

De acordo com Libânio (2004), afirmo que a formação continuada de professores torna possível a reflexividade e a mudança da prática docente, ajudando os professores a pensar sobre a suas dificuldades, compreendendo-se e elaborando maneiras de enfrentá-las. Por isso deve ser um processo contínuo, que perpassa sua prática com os alunos e considerar e considerar o saber de todos os professores da educação no processo de inclusão.

Portanto fica claro que vale a pena investir em políticas públicas de formação para os professores melhorarem suas práticas pedagógicas para atender e ao mesmo tempo inserir a todos nas atividades de sala de aula, bem como em todo o conteúdo aplicado no decorrer das aulas.

 

OS ENTRAVES DA PRÁTICA DO PROFESSOR

Observa-se que o processo de aprendizagem dos alunos de inclusão requer um desdobramento maior do professor que muitas vezes não está preparado para receber em sua turma “dita normal” é isso que às vezes desestrutura toda sua prática. Sabe-se que o professor tem seu planejamento a cumprir e às vezes não ocorre, pois encontra dificuldades para cumprir todo o conteúdo proposto.

Mesmo sendo considerado um entrave, o professor tem autonomia para adequar seu planejamento e assim atender a todos sem exceção. Por esse motivo o professor pode e devem revisar suas concepções para influenciar os alunos.

O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca, (FREIRE, 1996, p.73).

 

O professor deve antes de tudo ouvir a todos, principalmente os alunos. Esses são os entraves atuais, nem o professor nem aluno e muito menos a escola sabem como se comportar nessa situação, diante dessa visão estão surgindo novas maneiras de ensino que valorize as diferença no ambiente escolar.

[...] Percebe-se que o com este “novo perfil” o professor pode atuar em diferentes lugares, pois é generalista, porém, ao realizar estas atribuições, torna-se sobrecarregado, pois desenvolve muitas atividades e está atarefado com diversas funções a cumprir, nas quais acabam o “engolindo” e ao mesmo tempo o sufocando durante o cotidiano e massacrando qualquer expectativa referente ao trabalho docente [...]. Assim ao refletir e questionar sobre a polivalência e diversas atribuições do docente percebe-se que a mesma está atrelada a rotina que permeia a sociedade na qual:

Vista sob certo ângulo, a vida cotidiana é em si o espaço modelado (pelo Estado e pela produção capitalista) para erigir o homem em robô: um robô capaz de consumismo dócil e voraz, de eficiência produtiva e que abdicou de sua condição de sujeito, cidadão (NETTO & FALCÃO, 1989, p. 19).

 

REFLEXÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Diante de um novo contexto o professor precisa refletir o conceito de prática educativa, e não apenas sua prática didática. As novas maneiras de conduzir a sua prática requer uma intervenção na realidade social frente à educação, (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008, p.178). E sendo a educação uma prática social implicada na relação teoria e prática, “é nosso dever como educadores, a busca de condições necessárias a sua realização” (VEIGA, 1989, p. 16).

De acordo com essa citação acima é necessário uma reflexão diferenciada para a prática pedagógica, pois essas informações vêm contribuir com o trabalho do professor em prol da inclusão.

“faz-se necessário uma reavaliação das relações entre escola e sociedade, entre informação e conhecimento, entre fontes de informação provida pelos meios de comunicação e o trabalho escolar realizado pelo professor” (LIBÂNEO, 1998, p. 76).

Refletindo a inclusão sobre a prática do professor e de acordo com a lei vigente alguns pontos devem ser ligados à formação adequada do professor, segue alguns pontos que deve ter relevância:

ü    Primeiramente saber identificar os alunos com necessidades

educacionais específicas;

ü    Conhecer metodologias que vão auxiliar no ensino destes alunos;

ü    Aprofundar conhecimentos entre a relação da escola com a família;

ü    Aprofundar conhecimento sobre o desenvolvimento escolar da criança e do adolescente;

ü    Aprofundar conhecimentos sobre planificação;

ü    Aprofundar conhecimentos sobre avaliação;

ü    Conhecer métodos especiais de leitura e escrita;

ü    Conhecer técnicas de expressão e linguagem, ligadas ao trabalho com alunos com necessidades educacionais;

ü    Saber adaptar atividades ao ritmo e as dificuldades dos alunos.

ü    (SILVA 2003, p.57).

ü     

A vitória na aprendizagem no processo de inclusão, só terá sucesso se o professor seguir esses passos da citação acima, e assim tornando a aula muito mais agradável e ao mesmo tempo acolhedora, tudo isso num ambiente adaptado e fazendo jus a cada diferença.

Nesse sentido vale ressaltar (BRASIL, 2006), que deixa claro o sucesso de inclusão no ensino regular na educação, a valorização da diversidade para conviver com as diferenças, o principio da identidade com a construção do vinculo das relações sociais dos alunos. Pois vive-se numa sociedade heterogenia, onde a diferenças individuais e coletivas de cada um são vividas no cotidiano escolar.

• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;

• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;

• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;

• brincar, expressando emoções sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;

• utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;

• conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitude de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade. (BRASIL, 1998, p.19).

 

É importante ter conhecimento que cada aluno tem suas potencialidades, outro ponto importante é que a escola deve possuir uma ótima proposta pedagógica para inserir os alunos no mundo.

Diante do exposto o professor deve conhecer bem seus alunos para propor atividades que façam sentido e que possuam significado aos alunos, não pode-se esquecer de que cada aluno tem sua própria de se expressar bem como de agir e também de aprender. Não pode deixar de lado a especificidade dos alunos, por isso os professores têm que estar pedagogicamente preparados para ministraras aulas valorizando a diversidades, cumprindo com o planejamento e dando condições para o aluno construir seu conhecimento.

As atividades bem como os conteúdos a serem desenvolvidos em sala de aula não devem ocorrer diferenciação entre os alunos na hora da aplicação, o que deve ser diferenciado são os recursos didáticos dando a devida importância às limitações de cada um tendo deficiência ou não. Para isso a escola deve ser flexível principalmente na proposta pedagógica, sempre atuando com clareza e transparência principalmente deixando tudo bem explicado para os pais e para toda a comunidade escola. Nesse sentido o cognitivo e o afetivo devem fazer parte de todo o processo da construção da proposta.

“Quando se tira da criança a possibilidade de conhecer este ou aquele aspecto da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de

construir seu conhecimento. Porque o ato de conhecer é tão vital com comer ou dormir, e eu não posso comer ou dormir por alguém. A escola em

geral tem está prática, que o conhecimento pode ser doado, impedindo que a criança e, também, os professores o construam. Só assim a busca do conhecimento não é preparação para nada, e sim VIDA, aqui e agora. E é esta “vida que precisa ser resgatada pela escola”. (FREIRE, 2001. p.15).

 

 

De acordo com a citação acima pode-se verificar que a construção do conhecimento é muito importante para vida, que a escola deve construir o aprendizado valorizando o potencial de cada um. Vem de encontro à citação de (MADALENA FREIRE, 1893, p.15), “sem amor não poderia existir a condição do conhecimento”, só assim teremos uma mudança significativa no aprendizado principalmente na educação especial.

AS LEIS FRENTE À INCLUSÃO

MAZZATTA, (2003), trás em seus estudos as ideias de deficiências ligadas à espiritualidade, ou seja, quando uma família tinha um dos membros com deficiência este era excluído da sociedade e era tratado como uma maldição por esse motivo à família mantinha- o escondidos em porões das casas, e também não podiam participar em nada da sociedade, muito menos de ir à escola.

Percebe-se que no Brasil o processo de inclusão começou muito tarde, por esse motivo a educação especial encontra muito empecilhos para que ocorra em sua totalidade. Só a partir dos anos 90 que começa uma discussão da proposta sócio- educativas em escolas. Neste momento surgem três documentos importantes que tratam em seu teor sobre os direitos a educação especial no mundo: “Declaração de Jomtien (1990), de Salamanca (1994), e de Guatemala (1999)”.

De acordo com esses documentos ocorrem avanços no processo dos atendimentos da (AEE), Atendimento Educacional Especializado, mas também em alguns momentos ocorrem retrocessos, ou seja, um atrasos na implementação dos atendimentos por não interpretarem as leis acabem ocorrendo esses atrasos, mas houve um avanço na legislação em relação aos direitos desses alunos, como pode-se verificar hoje na educação regular todos têm direitos iguais.

A Constituição Federal no artigo 206, inciso I trata a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” já o artigo 208 trás em seu teor a oferta do AEE, no ensino regular. Porém só partir de LDB, 9394/96 que começa de fato os avanços propriamente ditos na educação especial.

Uma política de educação que pretende “conter respostas” as demanda sociais e que tenham “capacidade de atingir o seu objetivo real”, em outras palavras, que seja responsiva e tenha efetividade, respectivamente, deve explicitar, por meio de documentação legal ou de orientação às escolas, para quais alunos está assegurado o direito ao atendimento educacional especializado. A falta de clareza ou a imprecisão dessa definição tem resultado em encaminhamentos indevidos de alunos a serviços de educação especial [...] (PRIETO, 2008, p. 19).

 

 

Como pode-se observar na citação de Prieto, verifica-se que a implementação de uma politica pública de educação especial pode gerar inclusão ou a exclusão, pois ao inserir o aluno com deficiência em sala de aula no ensino regular sem as devidas adequações estará excluindo dos seus diretos, pois o mesmo ficará num canto da sala sem participar do processo de aprendizagem, para que ocorra a inclusão na sua realidade é necessário rever as políticas e ao mesmo tempo rever as práticas dos professores que irá ministrar essas aulas o mesmo não pode de maneira nenhuma entrar em sala sem a devida formação só assim ocorrerá à inclusão, e os alunos com deficiência estará incluso em todo o processo de aprendizagem, para isso as práticas dos professores deverão está de acordo com o nível de inclusão de cada aluno. 

[...] a realidade não pode ser modificada, senão quando o homem descobre que é modificável e que ele pode fazê-lo. É preciso, portanto, fazer desta conscientização o primeiro objetivo de toda a educação: antes de tudo provocar uma atitude crítica, de reflexão, que comprometa a ação (FREIRE, 1979, p. 40).

Frente à inclusão de todas as crianças com deficiência exige muito do professor, o mesmo tem que incorporar em seu planejamento metodologias diferenciadas que contemple não somente os conteúdos, mas que atendam a todos dentro do currículo com o desenvolvimento dos alunos bem como formação dos professores e adequando as novas práticas de ensino regular.

De acordo com esta pesquisa pude perceber que a escola juntamente com a gestão deve buscar e preparar bem como pensar sobre sua prática, essa discussão deve estar no projeto pedagógico dando ênfase a diversidade.

Neste sentido têm-se que manter uma olhar diferenciado em relação à prática pedagógica, ter uma visão que possibilite as relações entre escola e sociedade em prol de uma educação que integre a todos, mas cabe ao professor fazer uma reflexão sobre sua prática analisando os aspectos que venham a interferir no dia-a dia escolar.

CONCLUSÃO

O artigo em questão deixa claro que é necessário repensar sobre as práticas pedagógicas, pois em alguns momentos os professores estão atuando em salas sem a devida formação, por isso a prática não é desenvolvida de maneira adequada e acaba deixando de cumprir o planejamento que envolva a todos e acaba ocorrendo à exclusão ao invés de ocorrer à inclusão a qual é o foco da pesquisa.

Diante dessa questão, entende-se que a prática necessita de uma reflexão bem estruturada e de forma critica. O professor por sua vez precisa ter em mente que é necessário se adaptar as novas realidades da demanda que está chegando agora no ensino regular, refletindo sempre sua prática pedagógica. Essa visão está presente na citação abaixo:

“flexibilização e criação de canais de informação nas escolas, alianças

e apoios entre os profissionais e implementação de políticas públicas

de valorização e formação docente. Portanto, precisamos conceber a

formação continuada dos educadores como elemento crucial para a

(re) construção da instituição escolar.”  (ALMEIDA, p. 244).

 

Para tanto, vale ressaltar que todos os envolvidos no processo de aprendizagem fazem parte do processo educativo, processo esse que não deixa ninguém de fora, assim possibilitando uma reflexão sobre as práticas pedagógicas voltadas para inclusão.

Vou plantar uma árvore.

Será o meu gesto de esperança.

copa grande, sombra amiga, galhos fortes, crianças no balanço

e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada.

Mas o mais importante de tudo,

Ela terá que crescer

devagar, muito devagar, tão devagar...

que a sua sombra eu nunca me assentarei.

Eu a amarei pelos meus sonhos que ela abriga...

E vou dizê-los, como poemas,

enquanto minhas mãos revolverem a terra:

desejarei que haja pão para todos,

imaginarei que os grandes pararão seu trabalho

para fazer lugar para o brinquedo das crianças...

Escolhi este gesto porque as árvores

são coisas mansas e tranquilas,

diferentes das armas dos homens de guerra

e dos números dos homens de lucro.

As árvores celebram a vida e

com elas se inicia um futuro.

Plantarei uma árvore.

Contarei minha esperança...

(Rubens Alves1 – A Gestação do Futuro)

 

Conclui-se por fim que o professor deve sempre direcionar o ensino em práticas pedagógicas que busque atingir o potencial dos alunos, preparando os momentos de aprendizagem que favoreça o desenvolvimento e a autonomia em sues educandos. O educador deve identificar onde é necessário fazer as intervenções para agir de maneira que possa incluir a todos sem distinção, sempre conhecendo os limites, ou seja, até onde pode chegar com cada um, sabendo o que podem produzir ou não.

Com essa nova visão da Educação Especial, pode-se afirmar que o professor e o aluno deve construir o conhecimento juntos participando de todas as atividades propostas, construindo o conhecimento mútuo.

 

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