Marketing Social Esportivo: Veículo Educacional

Marketing Social Esportivo: Veículo Educacional

 

THE GRENDAL COLLEGE AND UNIVERSITY

  PROGRAMA DE MESTRADO INTERNACIONAL EM CIÊNCIAS

DA EDUCAÇÃO

 

 

                            ADEMILSON GALDINO DA SILVA

 

 

 

Marketing Social Esportivo: Veículo Educacional

 

 

 

Artigo Científico apresentado como requisito parcial do Programa Mestrado Internacional em Ciências da Educação, pela The Grendal College and University.

Orientador: Prof. Dr.

 

 

São Paulo – SP 2017

 

________________________________________Artigo Científico Original do Curso de Mestrado Internacional em Ciências da Educação.

 

 

Marketing Social Esportivo: Veículo Educacional

                                                                                   Ademilson Galdino da Silva

 

RESUMO: O presente artigo tem por foco apresentar o processo de desenvolvimento das crianças na fase escolar esportiva:

Temos que ter consciência dos objetivos e serem alcançadas com o esporte, as condições grupo etários, etnias, sexo, pré-requisitos físicos, graus de desenvolvimento do comportamento diante da situação de conflito, risco, medo, coragem, condições de saúde, perturbações, capacidade intelectual, conhecimento da matéria, motivação, interesse no esporte.

Todos criamos expectativas de sucesso (família, escola, empregados, igreja, comércio, partidos políticos, imprensa em geral).

Tamanho e estrutura do local: espaço, material e pessoal / instalação esportiva, equipamentos pessoal e docente administrativo.

Tamanho e estrutura do grupo de esporte, participação irregular, formação inconstante do grupo / flutuação possível e heterogeneidade do grupo em relação as diferenças de idade, sexo, estatura, rendimentos e interesses.

Palavras-Chave: Escola, Esporte, família, empregados, Igreja, comercio, partidos políticos, imprensa em geral.

 

Ademilson Galdino da Silva: Advogado, Graduado em Educação Física, Pedagogia e Direito; Pós-Graduado em direito Penal e Processo Penal, Pós-Graduado em Marketing esportivo e Esporte Escolar: pela Faculdade Legale, Universidade Federal de Brasília e Universidade Gama Filho, São Paulo

 

INTRODUÇÃO

Este estudo apresenta uma reflexão sobre a atuação dos protagonistas envolvidos na condução da aprendizagem das nossas crianças, ressaltando a importância de toda a sociedade, bem como o início do processo de alfabetização e educação brasileira.

Atualmente, dentro do contexto educacional esportivo, podemos notar em diversas situações uma orientação equivocada por parte de profissionais da educação, sendo que estes, querem apenas brincar ou se divertir através do processo de interação que a escola proporciona, conflitando com os interesses dos atores envolvidos.  

Dentro deste contexto social caótico de relações humanas e distorções de valores socioculturais, a educação esportiva tem o papel de assumir a responsabilidade como mecanismo transformador de comportamento, transmissor de cultura.

 

Pedagogia do esporte e jogos coletivos

 

Faz-se necessário acerca de um novo olhar acerca do esporte. É preciso vê-lo como alternativa para todos os cidadãos. A riqueza do esporte está na sua diversidade e significados podendo entre outras funções atuar como facilitador na busca de melhor qualidade de vida.

Faz parte da natureza da criança a curiosidade em aprender a modernidade exige que o profissional compreenda o esporte e a pedagogia de forma mais ampla, transformando em facilitador do processo de educação.

Através de micro ações educativas vivenciais.

 

Ponto de Partida

 

“Não existe no mundo nenhum exemplo de sociedade que tenha separado a analfabetismo sem resolver as condições sociais que geram o analfabeto” (Sergio Haddad).

Quando temos que tomar, como tema de atenção, a situação atual em que se encontra a organização escolar brasileira, vemos diante da necessidade de compreender, senão todos, pelo menos os principais problemas aí existentes.

Esses estão a exigir soluções em consequência dos sérios prejuízos que causam, diretamente, aos alunos e professores e indiretamente, a tudo e qualquer brasileiro.

Não é necessária uma consulta demorada para sabermos que a educação escolar brasileira, conforme está organizada apresenta, ainda hoje, sérios problemas de quantidade e qualidade.

Do ponto de vista quantitativo, faltam pré-escolas de 1°, 2 e 3° graus. Do ponto de vista qualitativo, a maioria das escolas existentes deixa muito a desejar. Creio que quando dirigimos nossa atenção para a população brasileira, constatamos o fato de que uma grande parte dela se encontra em estado de miséria.

Esta trágica constatação alerta-nos para a realidade de que uma população submetida a tal estado certamente necessita de escolas, mais precisamente, de boas escolas. Mas antes disso ou concomitantemente a isso, necessita de emprego, salário, comida, vestimenta, atendimento médico-sanitário, etc.

Toda pessoa, para ter condições mínimas de frequentar regularmente as aulas e conseguir obter um rendimento satisfatório, necessita de pré-condições para tanto. Pré-condições estas garantidas por uma determinada situação econômico-financeira e também cultural, é bom não esquecer. Assim sendo, é óbvio que faltam tais pré-condições para aqueles que se encontram na miséria.

A trágica constatação assinalada nos alerta no sentido de que os problemas escolares, para serem resolvidos, dependem da solução de ordem econômica e política.

O fato de que o compromisso com a ampliação da rede escolar e de sua melhora em qualidade necessariamente nos obriga a um compromisso com a erradicação da miséria da sociedade brasileira. Obriga-nos, portanto, enquanto cidadãos, à participação mais efetiva na luta coletiva e organizada por uma sociedade mais justa.

É preciso que destruamos as condições sociais que na sociedade brasileira geram o analfabeto, o repetente, o expulso da escola.

 

A denúncia dos números, um desafio a enfrentar:

 

Em 1990, 17,7 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais eram analfabetos e mais em 1989, 14% das crianças em idade escolar estavam fora da escola, isso equivale a dizer que a cada 1000 crianças, 860 conseguem frequentar escolas e 140 não e assim essas se transformam em fortes candidatos a analfabetos.

Ser analfabeto, ou seja, não dominar o “oficio de ler e escrever” numa sociedade como a brasileira, causa problema para essa pessoa? Por várias razões.

Ser analfabeto ao meu ver causa problema acima de tudo porque nossa sociedade está inserida no âmbito da cultura letrada, sempre foi assim? Não!

Como sabemos antes da chegada dos europeus na América havia no Brasil uma população num estágio cultural do qual não faziam parte a leitura e a escrita, no qual, portanto, não saber ler e escrever não constituía problema.

Daí por diante, sim! Na expedição de Pedro Álvares Cabral havia um escrivão? Era Pero Vaz de Caminha, que mais que depressa, foi incumbido de escrever uma carta ao rei de Portugal.

Qualquer um de nós percebe, hoje em dia, o quanto influencia os outros e é por eles influenciado através das “letras”.

A leitura e a escrita constituem-se em importantes canais de comunicação entre as pessoas. Assim sendo, todas elas têm direito ao acesso a esses canais. E, na medida em que uns sabem e outros não, criam-se um ambiente de desigualdade de direitos. E na medida em que para alguns é negado esse direito, instala-se um ambiente de injustiça.

Fato: as condições de vida da maioria das famílias brasileiras transformam numa “proeza” o que, por direito, um ser humano deveria conseguir sem grandes dificuldades.

Não é aceitável que nós, brasileiros, fiquemos dando uma de “distraídos” ou de “conformados” diante de uma situação como essa em sua consciência, você foi ou ainda é estudante de curso superior, você é uma pessoa – um cidadão brasileiro – no exercício de um dos seus direitos – o direito a educação escolar.

Mesmo que você nunca tenha lutado por ele, este é em direito, fruto de uma longa luta de muita gente por mais vagas em escolas públicas e particulares na sociedade brasileira e integrasse a essa luta.

Luta por boas escolas para todos, mas não apenas isto. Luta também pelas condições sociais necessárias a existência de boas escolas para todos. Luta por condições dignas de trabalho, moradia, alimentação, vestimenta e lazer, esporte. Luta, enfim, por uma sociedade mais justa, mais humana em que se desenvolva uma organização escolar em condições de atender, em quantidade e em qualidade as necessidades das pessoas em que a constituem.

Exerça sua cidadania não apenas usufruindo dos direitos garantidos a você pelos outros. Exerça sua cidadania garantindo direitos já conquistados para você e para os outros. Exerça sua cidadania conquistando novos direitos para você e para os outros, pois muitos, por estarem jogados na miséria, não tem direito à luta por seus direitos.

 

Um capitalismo rudimentar e primitivo

 

A sociedade brasileira, assumindo essa forma de organização econômica, realizava o que podemos chamar sua “tarefa histórica” enriquecer o empresariado europeu e o colonial, fazendo avançar a transição capitalista em ambiente internacional. Essa função de colaborar para enriquecer e fazer progredir as economias externas acabaria se perpetuando em nosso país, até os nossos dias.

Instalou-se aqui, portanto, o que se convencionou chamar de economia colonial agroexportadora, uma forma primitiva e dominação capitalista, diferente da europeia, que assumia formas cada vez mais avançadas, na sua ruptura com o passado escravista e feudal. A forma de dominação capitalista aqui implantada revelasse primitiva justamente por se sustentar em formas pré-capitalistas, como a escravidão e a própria especialização agrícola. Singularizava-se dentro do quadro capitalista mundial, que já apresentava uma razoável sofisticação técnica e tendia para o predomínio da produção manufatureira e fabril.

O que nos interessa, enquanto estudiosos da Educação é exatamente verificar as consequências internas da realização dessa tarefa histórica, da forma particular que a sociedade brasileira tomou para assumi-la e como isso se refletiu e se reflete num determinado modo de vida social e cultural.

A sociedade brasileira nasceu duplamente explorada, pelos proprietários locais e pelos empresários internacionais financiadores e distribuidores das mercadorias brasileiras. Conviveu com as mais desprezíveis formas de exploração do homem, a escravidão, que sobreviveria por praticamente quatro séculos, isso significa que a nossa sociedade se configurou, já em sua origem, saltando a fase do capitalismo liberal ou concorrencial, como concentradora de propriedade, riqueza, poder e prestigio social.

No espaço econômico que ela criou, havia lugar para dois agentes, o que produzia e o que tinha a propriedade dos meios de produção e dos bens produzidos. Os demais, ou seja, todos os indivíduos que não se enquadrassem aqui ou lá ou exercitam o serviço público, ou então se constituíam nos marginalizados do sistema, como do degredados e os aventureiros malsucedidos.

Nos três longos séculos que se seguiram, sequer podemos falar, com propriedade, em camadas médias. Os grupos que assim poderiam ser classificados constituíam uma pequena parcela da população local e parte deles, como e das autoridades públicas, aqui estava em caráter transitório. O aparelho administrativo que geria a vida e os negócios da colônia situava-se, de fatos, na Metrópole. Aqui permaneciam os seus funcionários menores.

Do Governo Geral ao Vice-Reino, a aparelho administrativo local só se expandiu e passou a conferir prestigio aos seus integrantes quanto a antiga colônia se transformou em Reino Unido, já em 1815, a menos de uma década da independência.

Há então, só desfrutavam de prestígios os funcionários da Coroa Portuguesa, como o ouvidor-mor (justiça), o provedor-mor (fazenda) e o capitão-mor (defesa), além dos governadores-gerais e posteriormente, os vice-reis.

Todos os demais segmentos da população colonial, funcionários da administração ou trabalhadores livres, rurais e urbanos, não passavam de elementos inexpressivos do ponto de vista econômico, político e social, submissos aos poderosos senhores de terras e escravos. Aliás, eram exatamente esses senhores que ocupavam as câmaras municipais, organismos que de fato administravam o cotidiano da vida colonial.

Essas câmaras dispunham sobre as providencias quanto ao abastecimento das propriedades e das vilas, quanto à sua defesa dos ataques indígenas e quanto à cobrança dos impostos estabelecidos pelas autoridades metropolitanas. Deliberavam ainda quanto à questão dos salários a serem pagos aos trabalhadores livres nas fazendas e nas vilas, e sobre outras questões de ordem prática.

Eram constituídas pelos chamados “homens bons” cujo mérito, ou melhor, a razão que os levava a ocupar tal função, era a posse da propriedade, ou seja, o poder econômico ou poderes “auxiliares” como religioso e o militar. Também os clérigos e os militares locais integravam as câmaras municipais, na qualidade de “homens bons”, não se exigia, para esse oficio, qualquer preparo ou instrução especial, mas apenas o poder derivado de outras esferas do social, transformando em poder político.

De resto, donatários, sesmeiros, agregados e seus poucos auxiliares assalariados dominavam absolutamente a massa de escravos cativos e dos indígenas subjugados crescentemente marginalizados da vida econômica e social da Colônia.

Fiéis à Igreja Católica Romana, os portugueses para cá transladaram sacerdotes da companhia de Jesus que futuramente dariam o suporte espiritual necessário para “os civilizados” súditos da coroa portuguesa, que teoricamente fundariam uma comunidade em ambiente tão adverso. Eram com tudo os parias degredados, que para cá vieram em expiação dos seus crimes e pecados, e os ingênuos nativos, para os quais era necessário revelar o “Reino dos Céus”.

O alvo inicial dos padres jesuítas. E sob o jogo do poder senhorial, do poder religioso e do poder burocrático, por séculos vegetou a pequena e dispersa população colonial.

Que espécie de cultura poderia se desenvolver em condições materiais tão adversas? Sem dúvidas, uma que fosse marcada pelo autoritarismo típico da religião institucionalizada, pelo elitismo de uma estrutura social brutamente dividida em extremos intocáveis e pelo caráter contemplativo adequado às existências ociosas dos que vivem da produção primária de produtores compulsório.

É assim que a cultura colonial, precária até mesmo entre os círculos socialmente mais seletos, parecia se distanciar da mesquinha e cruel existência colonial.

Era um ornamento de que só os privilegiados dispunham como qualquer mercadoria de luxo. E mesmo dentre eles só interessava aos mais excêntricos ou com menores perspectivas de gerir diretamente os “negócios” que identificavam e garantiam a posição social de ponta e os privilégios que a ela correspondiam.

Os filhos primogênitos das famílias proprietárias herdavam essa função, enquanto aos demais descentes restava o oficio sacerdotal ou o intelectual. Muitos, por tanto, dispensaram a formação intelectual, afinal, ser uma pessoa culta se apresentava como um substantivo para aqueles que não dominavam diretamente as fontes do poder representadas pela terra e pelos escravos. Na verdade, pelos padrões ou valores vigentes, bastava a alguns membros da camada senhorial o domínio da cultura, os demais se ocupavam com tarefas mais relevantes ou pragmáticas, e o saber, como o poder, era partilhado em família.

Não há dúvidas de que entre nós uma cultura, a nativa, agonizava, mas procurava resistir à invasão da civilização cristã ocidental. “Outra, ainda, a dos negros, lutava para sobreviver, no exílio forçado, e uma nova cultura se produzia no meio da população colonial abandonada pela sorte, como síntese sofrida de todas as que aqui estavam ou aportavam na busca da aventura e da oportunidade de trabalho.

Essa cultura, contudo, ficou fora do ensino formal, das escolas, dos registros oficiais e, ao que tudo indica, dos próprios livros de história. No entanto, era ela que preparava, no cotidiano de forma espontânea e assistemática, a população desprivilegiada para a sua trajetória na vida e para enfrentar o duro destino da submissão e da pobreza.

Sobre essa nova cultura aqui produzida pouco sabemos e muito há que investigar. É a força silenciada, mas nem por isso menos atuante, que se expressa no folclore ou no que hoje designamos como “cultura popular”, que constitui uma visão do mundo e da vida que sobrevive nas crianças, lendas, religiões e festas populares, e que esconde uma sabedoria viva por trás da sua aparência primitiva e lúdica para as elites.

As notícias que temos dessa cultura nos vêm nos momentos em que, rompendo as barreiras importas pelas instituições culturais e educativas que a marginalizam, ela consegue “contaminas” a cultura oficial e colaborar para a sua renovação, no âmbito nacional e popular.

Isso sempre se dá, e não por acaso, em nossa produção artística, expressando-se na música, na dança e mais particularmente, em nossa criação literária, como aquela dos nossos romancistas modernos. Mas sempre irrompe tímida, discreta e um tanto deslocada, se não marginal e subversiva, em nossa escola.

 

Um capitalismo rudimentar e primitivo

 

Ensinam-lhes, os padres, todos os dias pela manhã, a doutrina, esta geral, e lhes dizem missa para os que a quiseram ouvir antes de irem para suas roças, depois disso ficam os meninos na escola, onde aprendem a ler e escrever, contar e outros bons costumes pertencentes à política cristã. A tarde tem outra doutrina, particular a gente que toma o Santíssimo Sacramento.

Cada dia vão os padres visitar os enfermos com alguns índios deputados para isso e sem algumas necessidades particulares, lhe acodem a elas, sempre lhes ministram os sacramentos necessários, e todas essas coisas e fazem puramente por amor de Deus sem nenhum proveito, que deles tenham, pois que o provimento que os padres têm lhes vai do colégio, e somente estão com eles por amor de suas almas pela extrema necessidade em que estão.

Os padres não se servem deles em fazendas, porque se o Colégio tem necessidade de alguns índios para ajudar, fazem isso por seu estipêndio e como vão à casa dos outros portugueses, e isto não com força nenhuma, senão porque eles querem, mas por terem necessidade de vestido, ou ferramenta, porque ainda que seu natural seja andarem nus, já agora todos se criaram com a doutrina dos padres andam vestidos, e têm pejo de andarem nus, mas não são padres senhores das aldeias, como se diz. (Anchieta, José de – “Primeiros aldeamentos na Bahia”.

 

Casamento entre a igreja e a Aristocracia Agrária

 

Assim, o Cristianismo, a par de seus princípios teológicos, apresenta também uma ética individual é uma ética social, esta fundada naquela, dada a suprema prioridade da pessoa sobre a sociedade. A qualidade moral dos indivíduos repercutirá necessariamente sobre a qualidade moral da sociedade, todo o investimento da evangelização, em sentido estrito, como da educação sob a inspiração cristã, se deu historicamente nesta linha. Foi por isso mesmo que o Cristianismo e a Igreja conviveram pacificamente com situações sociais de extrema opressão, como a escravidão, a exploração no trabalho, etc. É como se estas situações independessem da vontade do homem, bastando que as consciências individuais se sentissem em paz, nada se podendo fazer contra estas situações objetivas...

Não era outra a concepção que tinham explicitamente os jesuítas que vieram evangelizar os nativos brasileiros. E foi igualmente esta concepção, que estava subjacente à pedagogia escolar, que desenvolveram em suas escolas...

Acontece, porém, que a verdadeira história social dos homens se desenrola também em função de outros determinantes que não decisões de suas vontades declaradas.

Então em atuação interesses arraigados profundamente na própria dinâmica social. Foi o que ocorreu com a educação brasileira nesse primeiro período. O que a história mostra é a perfeita adequação entre estes princípios doutrinários e os interesses econômicos, políticos e sociais da classe dominante da época, constituída basicamente pela aristocracia agrária, pouco numerosa, mas encarregada de dirigir a exploração colonizadora do país.

Daí por que atribuíram pouca importância a organização do ensino e à política educacional do país, tanto mais porque a educação se destinava a segmentos restritos da população. Não havia necessidade de uma contribuição maior da educação, que ficava abstrata a formação da elite dirigente. Por isso, o caráter literário, acadêmico de seu conteúdo, sua preocupação com os modelos europeus e total desinteresse pela profissionalização e formação da maioria da população privada de qualquer educação formal.

 

A demais, não havia também necessidade de aprofundamento dessa educação, uma vez que os integrantes dessa elite poderiam ir completar seus estudos na Europa. (Severino, Antônio L. – Educação, ideologia e contra ideologia)

 

A educação a serviço da recuperação econômica

 

O iluminismo atingia Portugal, finalmente e vinha na sequência, senão de pendências, de novo susto de fortalecimento do poder estatal, agora engajado num grande esforço para erguer a economia ameaçada pelo início da decadência do ciclo do ouro pelas flutuações do preço do açúcar e pela sempre presente dominação inglesa.

Tratava –se fundamentalmente de colocar a educação em condições de ser útil ao esforço de recuperação econômica. No que se refere a Coimbra, a nova orientação levara a ênfase nas ciências naturais, pois delas particularmente da mineralogia e da botânica se esperavam contribuições no sentido de renovar ou inovar a exploração dos recursos naturais das colônias, especialmente do Brasil.

Surgindo nesse contexto, o iluminismo Português estaria mais próximo do Italiano do que do Francês...

Pombal não queria saber do iluminismo Francês pois continham, elementos capazes de pôr em perigo a autoridade em geral e a autoridade real em particular Rousseau e Voltaire continuava proibidas na nova ordem, boa parte da motivação do Marques de Pombal no combate aos jesuítas vinculava-se mesmo a posição desses padres como referência a autoridade real, expressa nas palavras do Conde de campanames, encarregado na Espanha do processo de exploração.

Eles sustentavam que os homens da igreja não estavam de fato submetidos aos reis, criando-se, em consequência duas monarquias dentro do estado, um temporal e um espiritual. Carvalho, J. Murito de. A construção da ordem: A elite Política Imperial.

 

Tão pouco e para Poucos

No Brasil, a educação antes de Pombal estava quase que exclusivamente nas mãos dos jesuítas. Após sua expulsão o estado criou as aulas regias, cujos professores nomeava diretamente. As aulas limitavam-se as primeiras letras (Latim, Grego, Filosofia, geografia, Gramática, Retórica, Matemática) e deveriam ser custeados pelo imposto então criado, o subsidio literário. Mas o sistema não funcionou a contento, pois o subsidio ou não era cobrado adequadamente, ou era desviado para Portugal, os melhores professores não permaneciam no posto por causa dos baixos salários, e de qualquer maneira o número das aulas era ridiculamente pequeno frente as necessidades da Colônia.

Logo após a introdução do sistema, o número de aulas regias foi calculado como segue:

17 de ler e escrever, 15 de gramática, 6 de retórica ,3 de grego e 3 de filosofia. Ao todo 44 para uma população de girava em torno 1,5 milhões. O restante da educação formal era dado em escolas religiosas, seminários, aulas particulares.

 

O Funcionalismo e a Educação

Sociólogos funcionalistas têm-se preocupado largamente com a educação, grande quantidade de estudos realizados nos últimos 50 anos tem o funcionalismo como base teórica, este interesse na chega a surpreender, o funcionalismo enfatiza a integração social e a educação é um dos subtemas integradores, responsáveis pela socialização.

Candido A. Gomes. A educação em perspectiva sociológica

 

A contribuição de Durkheim (1° sociólogo final do séc. . XIX, início séc. XX )

Durkheim (1858- 1917) um dos pioneiros da Sociologia, é o mais importante precursor do modelo funcionalismo positivista, influenciado por. Conte, sua obra contribuiu decisivamente para o modelo funcionalismo através do seu impacto sobre RADCLIFFE – Brow e Malinowski.

Como professor e pesquisador Durkheim viram na educação o meio pelo o qual a sociedade se perpetua. A educação segundo ele, transmite valores morais que integram a sociedade. Por isto a mudança educacional é não só um importante reflexo das mudanças da sociedade envolvente. Deste modo os educadores particularmente ao nível do ensino fundamental, poderiam provocar mudanças na educação e por consequências na sociedade (Durkheim, 1961) No contexto da França do seu tempo, a preocupação de Durkheim estava voltada para as transformações provocadas pela revolução Industrial, que ele chamou de “desintegração Moral”.

 

As escolas poderiam ter um ativo papel na reorganização da sociedade

(Karabel e Halsey,1978, Mercer e Covery,1980)

Parte considerável da contribuição de Durkheim para a sociologia da educação é o seu próprio trabalho pioneiro de definir o processo educacional. Ele analisou várias definições anteriores, todas vagas e preocupadas esse descreve o que a educação deve ser, não o que a educação é .Durkheim 1967 passou então, dos aspectos deontológicos para os ontológicos e considerou a educação como ‘ a ação exercida pelas gerações  adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem como objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança particularmente, se destine”.(Que as gerações adultas ensinem as crianças)

Como Sociólogo do consenso Durkheim não considerou as contradições entre as demandas da “Sociedade política “como um todo e as demandas da sociedade política como um todo, e as do meio especial a que o educando se destina. Não aborda as implicações da sociedade ser composta de grupos em conflitos, com diferentes graus de poder. Não há também um exame acurado sobre o que representa os estados requeridos pela sociedade política, como um todo, se são realmente requeridos pala sociedade ou por determinados grupos que dominam a sociedade.

De acordo com o ponto de vista Durkheimiano, mesmo numa sociedade sem classes haveria diversidade ocupacional.

Por persistir a divisão de trabalho deste modo tal diversidade ocupacional resultaria em diversidade educacional, embora não mais se repousava sobre desigualdades injustas.

Esta colocação aproxima de Durkheim a teoria funcionalista da estratificação social de Davis e Moore. Como vimos segundo estes autores, a diversificação de papeis a escassez e abundancia de pessoal para preenchê-los entre outros fatores conduz a diversidade de recompensas e, por conseguinte de preparação para o desempenho daqueles papeis.

Concepções pedagógicas que consideram o educando um elemento passivo falham exatamente porque a atividade dos educandos faz com que o processo educacional e seus resultados se desviem dos que tais concepções pedagógicas, baseadas em falsas pressupostas, esperam.

Como consequência desta caracterização de educação a autoridade do professor é o eixo da pedagogia Durkheimiana. O professor representa a sociedade e tem o direito legitimo de suscitar aqueles “estado físico, intelectuais e morais requeridos pela vida social A sociedade é o fim é a fonte da moralidade um aço é Moral se é Social ou impessoal se é motivada por sentimentos altruísticos e se é socialmente prescrita e ou em acordo com ideais fora de um contexto Social e a moralidade é a grande força coerciva da sociedade.

A função básica da educação é justamente a de transmitir os valores morais. O professor exerce o seu poder em nome da sociedade instituída.

A perspectiva da modernização considera que mudanças progressivas através deste continuam a levar o terceiro mundo à modernidade. O subdesenvolvimento é consequência de valores, instituições e padrões de ação da sociedade tradicional. Assim a modernização é baseada mais na transformação dos indivíduos de valores modernos.

A modernização das elites através da adoção do modelo das sociedades industriais do Ocidente é crucial para o desenvolvimento (Valenzuela e Valenzuela ,1978).

Naturalmente a educação é considerada um meio de promover a modernização, seja por meio da abordagem psicológica seja através da abordagem sociológica

A educação não só muda valores e atitudes, como é também um canal para a transformação da tecnologia e da ciência.

A teoria da modernização é criticada particularmente por sua abordagem microssociológica e comportamentalista, assim como pelo seu viés evolucionista. Ser uma sociedade moderna significa tomar como modelo certas nações ocidentais cuja as condições de desenvolvimento são bem diferentes daqueles enfrentados pelas nações não desenvolvidas no mundo de hoje. Por outro lado, a explicação do subdesenvolvimento é parte da estrutura conceitual preestabelecida. As áreas tradicionais têm obstáculos a modernização e esta é a causa pela qual elas são tradicionais, portanto o teste da hipótese é baseado na aceitação apriorística da mesma hipótese a ser verificada. Em consequência a evidencia empírica é obtida de uma forma inadequada. (Valenzuela e Valenzuela ,1978).

 

A teoria técnica – funcional da educação

 

Como consequência da importância imputada à educação na estrada na estratificação social e modernização a teoria técnico funcional da educação desenvolveu-se como um ramo da abordagem funcional mais ampla.

As principais fontes da teoria são obras de Clark (1962) e Kerr e colaboradores(1960).

Algumas ideias comuns ligam estes autores. Eles consideram que a crescente importância da educação é basicamente resultado de: a) expansão e complexidade cada vez maiores do conhecimento, b) mudança da natureza do trabalho causadas pela redução da Industria, principalmente nos campos da tecnologia automação e desenvolvimento da empresa de larga escala.

De um lado tem havido uma solicitação cada vez maior de habilidades profissionais. De outro, o número de empregados de quem se exige mais habilidades tem aumentado.

Em consequência, as exigências educacionais no mundo do trabalho se têm elevado de maneira geral. A fora isto a realidade, ou desempenho torna-se progressivamente mais importante que a atribuição de status na estratificação social. Isto significa que a industrialização constrói sociedades abertas e democráticas, onde a educação é um meio efetivo de seleção e mobilidade social.

Síntese de Collins (1971).

 

 As proposições básicas da teoria técnico-funcional da educação são:

A mudança tecnológica exige progressivamente mais habilidade para o trabalho isto significa que aumenta a proporção de empregos que requerem mais alto nível de habilidades e que aumenta o nível de exigência de habilidades o pelo os empregados em geral.

As crescentes exigências de habilidades levariam maior demanda de educação por parte dos empregadores isto significa escolarização mais longa e matricula de maior número de pessoas nas escolas.

As exigências mais elevadas da educação levam a predominância da realização sobre atribuições e à construção de sociedades baseadas no mérito.

O Estudo mais importante que apoia o funcionalismo nesta área é o Blau e Duncan (1967). Os resultados indicam que embora a educação seja fortemente afetada pelas origens familiares, a carreira profissional depende basicamente da educação e da experiência. Conforme a imagem da sociedade Meritocrática, as origens sociais apenas indiretamente afetam a carreira.

 

O paradigma do consenso no Brasil

Em sua posição no mundo, o Brasil tem sido amplamente influenciado por este desfile de tendência teóricas em geral elaboradas nos países desenvolvidos, estas influencias vão desde a cópia servil, como se não passássemos de mero espelho da produção intelectual estrangeira, a reelaboração e aplicação profícua das contribuições alienígenas. Certamente o pais não é e nem poderia ser uma ilha, mas tem as alternativas de articular-se ativa ou passivamente com o mundo ao redor.

Em Sociologia Educacional (Azevedo,1951) mostra que, mesmo nas sociedades homogêneas, esboça-se uma educação organizada, que se desenvolve conforme a divisão do trabalho. Com a complexidade crescente da sociedade, o aparelhamento educacional vai adquirindo cada vez mais complexidade.

Os sistemas educacionais variam também de acordo com as formas de sociedades, só sendo compreendido em função do todo. Por isso, seguem os valores sociais, homogeneizando os indivíduos sob certos aspectos e diferenciando –os sob outros, sempre tendo em mera a perpetuação da sociedade.

 

Segundo Dewey,(1978)

 

O grande filosofo liberal da educação considera o processo educacional de maneira dinâmica. A escola deva ser uma miniatura da sociedade democrática, dotada de igualdade de oportunidades, de modo que o aluno possa transferir suas experiências para a sociedade inclusiva, contribuindo para a mudança no sentido da implantação de estruturas sociais democrática.

 

Karl Marx e a história da exploração do homem.

 

Sua intenção, porém, não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social.

Há um alcance mais amplo, mas suas formulações que adquiriram dimensões de ideal revolucionário a ação política efetiva.

As contradições básicas da sociedade capitalista e as possibilidades de superação apontadas pela obra de Marx não puderam permanecer, pois permaneceram ignoradas pela sociologia.

Podemos apontar algumas influencias básicas no desenvolvimento do pensamento de Marx, em primeiro lugar, coloca-se a leitura crítica da filosofia de Hegel, de quem Marx observou e aplicou de modo peculiar o método dialético.

Também significativo foi o seu contato com o pensamento socialista Francês e Inglês do século XIX de Claude Henri de Rouvroy, ou conde de Saint-Simon (1760 – 1825) François – Charles Fourier (1772-1837) e Robert Owen (1771-1858) Marx destacava o pioneirismo desses quanto a crítica da sociedade burguesa, mas reprovava o “utopismo“ das suas propostas da mudança social. As três teorias desenvolvidas tinham como traço comum o desejo de impor de uma só vez uma transformação social total, implantando assim o império da razão e da justiça eterna. Nos três sistemas elaborados havia a eliminação do individualismo da competição e da influência da propriedade privada.

Tratava-se, por isso de descobrir um sistema novo e perfeito de ordem social, vindo de fora para implantá-lo na sociedade, por meio da propaganda.

Sendo possível, como exemplo, mediante experiências que servissem de modelo. Com esta formulação, os três desconsideravam a necessidade da luta política entre as classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na realização dessa transição.

Essa trajetória é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes como alienação, classes sociais, valor, mercadorias, trabalho, mais-valia, modo de produção.

 

A ideia de alienação:

 

Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento  separavam o trabalhador dos meios de produção – ferramentas matéria prima, terra e maquinas. Que se tornaram propriedades privadas do capitalista. Separava também, ou alienava, o trabalhador do fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Essa é a base de alienação econômica do homem sob o capital.

Politicamente também o homem se tornou alienado, pois o princípio da representatividade, base do liberalismo, criou a ideia de Estado como um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pelos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.

Com o desenvolvimento do capitalismo, a filosofia, por sua vez, também passou a criar representações do homem e da sociedade.

Diz Marx que a divisão social do trabalho fez com que a filosofia se se torna a atividade de um determinado grupo.

Ela é, portanto parcial e reflete o pensamento desse grupo. Essa parcialidade é o fato de que o estado se torna legitimo a partir dessas reflexões parciais, como por exemplo.

O liberalismo – transformar a filosofia em “filosofia do Estado” Esse comportamento do filosofo e do cientista em fase do poder resultou também na alienação do homem.

Uma vez alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar sua condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, a política e a filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social.

Essa crítica radical só se efetiva nas práxis, que é a ação política consciente e transformadora.

Com base nesse princípio os Marxistas vinculam a crítica da sociedade a ação política. Marx propôs não apenas um novo método de abordar e explicar a sociedade, mas também um projeto para a ação sobre ela.

 

As Classes Sociais:

As ideais liberais consideravam os homens, por naturezas iguais poética e juridicamente. Liberdade e justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Marx por sua vez, proclama a inexistência de tal igualdade natural e observa que liberalismo vê os homens como átomo, como se estivessem livres das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade.

Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pela relação de produção do sistema capitalista que dividem os homens em proprietários e não proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.

As relações entre homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementaridade entre  as classes sociais.

Marx identificou relações de exploração dos proprietários – A burguesia sobre a dos trabalhadores – o proletariado. Isso porque a posse dos meios de produção, sob a forma legal de propriedade privado, faz com que os trabalhadores, a fim de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários.

Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo na medida em que os interesses de classes são inconciliáveis.

O capitalista deseja seu direito a propriedade dos meios de produção e a máxima exploração do trabalho do operário, sejam reduzindo os salários, seja ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador por sua vez, procura diminuir a exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros.

Por outro lado, as relações entre as classes são complementares pois uma só existe em relação a outra. Só existem proprietários porque há uma massa de despossuídos cuja única propriedade é sua força de trabalho, que precisa vender para assegurar a sobrevivência. As classes sociais são, pois, apesar de sua oposição intrínseca, complementares e interdependentes.

A Histórica do homem é segundo Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos embora esse conflito nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências, oposições e antagonismos de classes estão subjacentes a toda relações sociais, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada.

 

A origem histórica do capitalismo:

 

O capitalismo surge na história quando, por circunstancia diversas uma enorme quantidade de riquezas se concentra nas mãos de uns poucos indivíduos que tem por objetivo a acumulação cada vez maior.

No início a acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços praticados pelos estados absolutistas.

A comercialização era a grande fonte de rendimentos para os Estados e a nascente Burguesia.

Uma importante mudança aconteceu quando a partir do séc. XVI, o artesão e as corporações de oficio foram substituídas, respectivamente pelo trabalhador “livre” assalariados – o operário e pela indústria.

Na produção artesanal da idade Média e do Renascimento, o trabalhador mantinha em sua casa os instrumentos de produção. Aos poucos, porém, estes passaram as mãos de indivíduos enriquecidos que organizavam oficinas.

A revolução industrial introduziu inovações técnicas na produção que aceleravam o processo de  separação entre o trabalhador e os instrumentos de produção.

As maquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo-força motriz, instalações, matérias – primas, ficaram acessíveis somente aos mais ricos. Os artesãos, isolados, não podiam competir com o dinamismo dessas nascentes industriais e do consequente crescimento do mercado. Com isso multiplicou-se o número de operários, isto, é trabalhadores “livres” Expropriados, artesão que desistiam da produção industrial e empregavam-se nas indústrias.

 

O salário:

O operário como vimos é aquele indivíduo que nada possuindo é obrigado a sobreviver da venda de sua força de trabalho.

No capitalismo a força de trabalho se torna uma mercadoria, algo útil que se pode comprar e vender. Surge assim um contrato entre capitalista e operário, mediante o qual o primeira compra ou aluga por certo tempo a força de trabalho e em troca paga para o operário uma quantia em dinheiro o salário.

O salário é assim o valor da força de trabalho considerada como mercadoria. Com a força de trabalho não é uma coisa, mas uma capacidade inseparável do corpo do operário, o salário deve corresponder a quantia que permita ao operário alimentar-se, vestir-se, cuidar dos filhos, recuperar as energias e assim estar de volta ao serviço no dia seguinte.

Em outras palavras o salário deve garantir a reprodução das condições de subsistência do trabalhador e sua família

 

Trabalho, valor e lucro:

O capitalista vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria, qualquer enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se desgastam e desaparecem, o uso, da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor.

Os economistas clássicos inglês, desde Adam Smith, já haviam percebido isso ao reconhecer o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza da sociedade.

Marx foi além, para ele, o trabalho ao se exercer sobre determinados objetos provoca nestes uma espécie de ressurreição tudo o que é criado pelo homem diz Marx, contem, em si um trabalho passado “morto” que só pode ser reanimado por outro trabalho. Assim p. ex. um pedaço de couro animal curtido, uma faca e fios de linha são, todos, produtos do trabalho humano.

Deixados em si são coisas mortas: utilizados para produzir um par de sapatos, renascem como meios de produção e se incorporam num novo produto, uma nova mercadoria, um novo valor.

Os economistas ingleses já haviam postulados que os valores das mercadorias dependiam do tempo de trabalho gasto na sua produção.

Marx acrescentou que este tempo de trabalho se estabelecia em relação as habilidades individuais medis e as condições técnicas vigentes na sociedade. Por isso dizia que no valor de uma mercadoria era incorporado o tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção.

De modo geral, as mercadorias resultam da colaboração de várias habilidades profissionais distintas, por isso seu valor incorpora todos os tempos de trabalho específicos.

Sabemos que o capitalista produz para obter lucro, isto é quer ganhar com seus produtos mais do que investiu.

Como se obtém lucro, poderia lucrar simplesmente aumentando o preço de venda do produto – cobrando 200 pelo par de sapatos mas o simples aumento de preços é um recurso transitório e com o tempo cria problemas.

De um lado, uma mercadoria com preços elevados ao sugerir possibilidades de ganho imediato, atrai novos capitalistas interessados em produzi-la.

De outro lado, uma alta arbitraria no preço de uma mercadoria qualquer tende a provocar elevação generalizada nos demais preços, pois, nesse caso, todos os capitalistas desejarão ganhar mais com seus produtos. Isso pode ocorrer durante algum tempo, mas, se a disputa se prolongar, poderá levar o sistema econômico a desorganização.

Não é no âmbito da compra e da venda de mercadorias que se encontram bases estáveis nem para o lucro dos capitalistas individuais nem para a manutenção do sistema capitalista. Ao contrário a valorização da mercadoria se dá no âmbito de sua produção.

 

A mais – Valia:

 

Retomemos o nosso exemplo. Suponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas e confeccione um par de sapatos a cada três horas. Nestas três horas ele cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário que é suficiente para obter o necessário à sua subsistência. Como o capitalista, o restante do tempo seis horas, o operário produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi  pago na forma de salário.

A duração da jornada de trabalho resulta, portanto de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir para obter lucro sem desvalorizar o seu produto.

Suponhamos uma jornada de nove horas ao final da qual o sapateiro produza três pares de sapatos.

Cada par continua valendo 150 unidades de moeda, mas agora eles custam menos ao capitalista. É que o cálculo do valor dos três pares, mas a quantia relativa ao salário correspondente a um dia de trabalho – permanecem constante. Desse modo o custo de cada par de sapatos se reduziu a 130 unidades.

Custo de um par de sapatos na jornada de trabalho de três horas.

Meios de produção            120

+                                          30

Salários                             150

Custo de um par de sapatos na jornada de trabalho de nove horas.

Meios de produção            120 x 3 = 360

+                                          30

390   ;- 3 = 130

 

Assim, no final da jornada de trabalho, o operário recebe 30 unidades de moeda, ainda que seu trabalho tenha rendido o dobro ao capitalista.

20 unidades de moeda, em cada um dos três pares de sapatos produzidos.

Esse valor a mais não retorna ao operário incorpora-se no produto e é apropriado pelo capitalista.

 

As relações políticas.

 

Após essa análise detalhada do modo de produção capitalista Marx passa ao estudo das formas políticas produzidas no seu interior. Ele constata que as diferenças entre as classes sociais não se reduzem a uma diferença quantitativa de riquezas, mas expressam uma diferença de existência material.

Os indivíduos de uma mesma classe social partilham de uma classe comum, que incluem valores, comportamentos, regras de convivência e interesses.

A essas diferenças econômicas e sociais segue-se uma diferença na distribuição do poder. Diante da alienação do operário, as classes economicamente dominantes formas de dominação política desenvolveram que lhes permitem apropriar-se do aparato de poder do Estado, e com ele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.

Cada forma assumida pelo Estado na sociedade burguesa seja sob o regime liberal, monárquico, monárquico constitucional ou ditatorial, representa maneiras diferente pelas quais ele se transforma num “Comitê para gerir os negócios comuns de toda a burguesia” (Karl Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista, in Cartas filosóficas e outros escritos, p .86).

Seja sob o regime liberal, monárquico –constitucional, parlamentar ou ditatorial.

Para Marx as condições especificas de trabalho geradas pela industrialização tendem a promover a consciência de que há interesses comuns para o conjunto de classe trabalhadora e consequentemente, tendem a impulsionar a sua organização política para a ação da classe trabalhadora, portanto, vivendo uma situação de classe e sofrendo progressivo empobrecimento em razão das formas cada vez mais eficiente de exploração do trabalhador, acaba por se organizar politicamente.

Essa organização é que permite a tomada de consciência da classe operaria e sua mobilização para a ação  política.

 

As relações de trabalho:

Como um professor que mal prepara as aulas que não lê um livro por ano, que vive insatisfeito com seu trabalho e seu salário pode fazer desabrochar na criança o amor pela leitura, a oposição do saber, a ética do trabalho e o interesse pela política. ( Bárbara Freitas)

 

O trabalho como práxis (Pratica e teoria):

 

Para designar a atividade própria do homem distinta da ação animal, costuma-se a palavra práxis conceito que não se identifica com a noção de pratica propriamente dita, mas significa união dialética de teoria e da pratica.

Chamamos de dialética a relação entre teoria e pratica porque não existe não existe anteriormente nem superioridade entre uma e outra, mas sem reciprocidade, ou seja uma não pode ser compreendida sem a outra pois ambas se encontra numa constante relação de troca de troca mutua.

Como práxis, qualquer ação humana é sempre carregada de teoria (explicações, justificativas, intenções, previsões etc.).

Também toda teoria como expressão intelectual de ações humanas já realizadas ou por realiza, resulta da pratica.

Convém ainda entender a práxis dentro de um contexto social, pois as ações se realizam entre homens.

Ora talvez você esteja se perguntando se é assim mesmo que funciona o trabalho na sociedade em que vivemos por perceber ao contrario que algumas profissões são predominantemente teóricas enquanto outras se reduzem a forma rudimentares de trabalho manual.

A concepção de trabalho sempre esteve ligada a uma visão negativa que implica obrigação e constrangimento.

Na bíblia Adão e Eva vivem felizes até que são expulsos do Paraíso e Adão é “condenado” ao trabalho com o “suor do seu rosto” cabendo a Eva também o” trabalho” de parto.

A palavra trabalho vem do vocabulário latino tripaliare do substantivo tripalium, aparelho de tortura formado por três paus ao qual eram atacados os condenados e que também servia para manter presos os animais difíceis de ferrar.

Assim vemos na própria etimologia da palavra a associação do trabalho com tortura, sofrimento, pena, labuta.

É apenas aparente, no entanto, a contradição entre o que foi dito anteriormente e a realidade dos fatos.

O trabalho é condição de liberdade desde que o trabalhador não esteja submetido a constrangimentos externos, tais como exploração, situação em que deixa de buscar a satisfação das suas necessidades para realizar aquelas que lhe foram impostas por outros. Quando isso ocorre, o trabalho torna-se inadequado a humanização: trata-se do trabalho alienado.

 

A sociedade industrial / taylorismo “ Racionalização” do Trabalho:

 

Esse sistema que visa aumentar a produtividade e economizar tempo, suprimindo, gestos desnecessários e comportamentos supérfluos no interior do processo produtivo, foi implantado com sucesso e logo extrapolou os domínios da fábrica atingido outros tipos de empresa, os esportes, a medicina a escola e até a atividade da dona de casa.

O taylorismo pretende ser uma forma de racionalização do trabalho porque permite melhor previsão e controle de todas as fases de produção para tanto, o setor de planejamento se desenvolve, tendo em vista a necessidade de se estabelecer os diversos passos da execução do trabalho.

A necessidade de planejamento faz surgir uma intensa burocratização de coisas  e de homens, atividade que parece ser exercida  com  objetividade e racionalidade .

No entanto, essa imagem de neutralidade e eficácia de organização como se ela tivesse por base um saber desinteressado e simplesmente  competente e ilusória.

Na verdade, a burocracia resulta numa técnica social de dominação.

Vejamos não é fácil submeter operário a um trabalho rotineiro, irreflexivo, repetitivo, reduzidos a gestos estereotipados. É de se esperar que, se o sentido de uma ação não é compreendido e se o produto de um trabalho não reverte para quem o executou, seja bem difícil conseguir o empenho de uma pessoa em qualquer tarefa.

Para controlar a dificuldade, o taylorismo substitui as coações visíveis, típicas da violência direta do antigo feitor de escravos, por exemplo, por formas mais sutis de dominação, que torna o operário dócil e submisso às ordens de serviço vindas do setor de planejamento são impessoalidades, não aparecendo mais com a face de um chefe que oprime, pois se acham diluídas na organização burocrática.Com isso a relação entre dirigentes e dirigentes não é direta sendo intermediada por ordens internas vindas de diversos setores.

A eficiência torna-se um dos principais critérios dos negócios, fazendo com que a competição por níveis cada vez maiores de produção seja estimulado por intermédio de distribuição de prêmios, gratificações e promoções isso grã a caça aos postos mais elevados, o que por um lado, dificulta a solidariedade entre os empregados e por outro identificá-los com os interesses da empresa.

A ordem burocrática limita a espontaneidade a iniciativa e, portanto, a liberdade dos indivíduos submetendo-os a uma homogeneização em nome do controle e da eficiente. É como se as pessoas fossem destituídas de individualidade, imaginação desejos e sentimentos. Como agravante, na sociedade totalmente administrada os critérios de produtividade e desempenho tornando-se predominantes e invadem territórios tais como a vida familiar e afetiva, que passam a ser impregnado pelos valores antes restritos ao mundo do trabalho.

Essas reflexões nos colocam diante dos efeitos perversos da técnica, que, apresentada de início como libertadora da técnica, que, apresentada de início como libertadora tem gerado uma ordem tecnocrática opressiva, na qual o homem não é um fim, mas sempre meio para e atingir qualquer outra coisa que se ache fora dele.

O taylorismo serviu de orientação para a tendência tecnicista que na década de 60, sobretudo no período da ditadura, predominante na educação brasileira.

 

 

 A sociedade pós – moderna  a revolução da informática:

 

Com advento da cibernética, ou seja, a partir da revolução e da generalização do uso de computadores, a sociedade contemporânea sofreu uma mudança que alterou significativamente as relações de trabalho. Passou a haver a predominância do setor de serviços (terciários) envolvendo atividades tanto das áreas de comunicação e de informações como de comercio finanças, saúde, educação, lazer etc.

O cotidiano do homem se transformou, passando a ser marcado pela automação em todas as esferas de tal modo que na era da reprodução técnica a máquina constitui intermediário constante entre o homem e o mundo.

No campo das comunicações a realidade se transformou em simulacro ou seja cada vez mais os meios de comunicação simulam a realidade.

O mundo tornado “espetáculo” se manifestou na reconstituição de um rosto segundo as informações obtidas a partir de um crânio “ na construção” antecipada de um novo modelo de carro ou ainda na onipresença da TV, nos lares, permitindo assistir a guerra do golfo sem sair da poltrona.

O simulacro intensifica e embeleza o real que se torna “Hiper real” e, portanto, mais atraente.

Basta ver como nas propagandas a cerveja o hambúrguer parecem mais saboroso ainda. Ou como os scuds norte-americanos caindo em Bagdá mais parecem inofensivos clarões iluminando a noite....

As consequências dessa superexposição de imagem é que eu tudo se transforma em Show em entretenimento, na sua apresentação sedutora. Os resultados porem é flutuante, o conhecer por fragmentos, sem que haja um momento para a integração das partes e a reflexão sobre as informações recebidas.

Trata-se me fim, um desafio para o professor cujo trabalho teórico contraria o fluxo frenético e feito em partículas do vídeo – clip.

 

O Professor como mão de obra alienada:

 

Os riscos de alienação que ameaçam os profissionais em geral no mundo contemporâneo atingem também os professores, profissionais que desenvolvem  um tipo de trabalho intelectual ou trabalho não – material.

Muito peculiar enquanto, por exemplo, para os intelectuais que produzem obras de arte e livros  a obra de pensamentos se encontra separada de quem a produziu no caso do professor não existe essa separação já que seu trabalho se desenvolve durante o ato mesmo de se produzir .

A esse respeito diz o professor  Saviani: A aula é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno .Ou seja, o ato é inseparável da produção desse ato e de seu consumo. A aula é pois produzida e consumida ao mesmo tempo.

Assim, embora saibamos que a ação do professor pode gerar um espaço de renovação e crítica é preciso reconhecer que esses teóricos alertaram para riscos com os quais devemos nos preocupar.

Há o risco de se sucumbir a racionalidade tecnocrática típica do taylorismo em que diminuída a autonomia do professor a legislação e aprovada sem a participação efetiva do profissional da educação e muitas vezes o planejamento dos cursos é feito externamente com “pacotes” de materiais curriculares que transformam o professor em simples executor de um projeto.

 

Trabalho e escola:

 

Dentre os inúmeros desafios da escola diante da problemática do trabalho, vamos destacar apenas alguns.

A escola é ela mesma um local de trabalho e como tal oferece serviços profissionais a coletividade, nesse sentido pertence ao setor terciário e sofre as influências da sociedade em que está inserida. Por exemplo, a escola transmite as ideias e valores que justificam as práticas sociais vigentes e na medida em que não consegue assimilar extensos segmentos de possíveis estudantes, acaba excluindo-os da apropriação da herança cultural.

Apesar de pertencer ao mundo do trabalho, a escola deve dar condições para que se discuta criticamente a realidade em que se acha mergulhada. Ou seja, para exercer sua função com dignidade, precisa manter a dialética herança – ruptura ao transmitir o saber acumulado, deve ser capaz de romper com as formas alienantes, que não está a favor do homem, mas contra ele.

Para tanto, cabe ao profissional do ensino denunciar a alienação e a ideologia, a invasão dos parâmetros do trabalho no mundo afetivo, identificar o que está a serviço da democracia ou em oposição a ela.

Em suma, é importante a ação do educador na recuperação do universo de valores em um mundo marcado pela “ racionalidade técnica” pelo mito do progresso e pelo superdimensionamento do especialista.

Por outro lado, dentre as diversas tarefas que lhe são atribuídas a escola deve formar o jovem para o trabalho, como fazê-lo em uma sociedade marcada ainda pela divisão? Nossa escola não é unitária ao contrário é dualista, já que para a elite é oferecido um a escola de boa qualidade intelectual enquanto para a classe trabalhadora resta a educação elementar, geralmente de má qualidade, com rudimentos de alguma técnica profissionalizante, sem a necessidade teorização.

 

 

Conclusão:

O início da revolução da educação no município de São Paulo surgiu a partir da implantação estratégica dos CEU’s, em regiões carentes de São Paulo, foi concebida e idealizada no sentido de suprir e ir de encontro as necessidades e carências educacionais, esportivas, culturais das comunidades localizadas nas periferias da cidade, durantes vários anos, hoje se faz minimizada pela presença desse equipamento. É importante ressaltar que ao longo do tempo poucas possibilidades, foram criadas no sentido de resolver problemática urbana. Na verdade a  sociedade de forma geral, desconhece , ignorava a situação muitas vezes caótica  das dificuldades e necessidades que as comunidades das periferias passam dia a dia.

Não podemos ignorar o impacto urbano, social, e cultural que esse equipamento trouxe nas regiões aonde foram implantados, mas que atualmente já apresentam – se totalmente incorporados à paisagem urbana e ao cotidiano das pessoas, atendendo, acolhendo, orientando e educando aos usuários quer seja comunidade ou a segmentos diversos da sociedade. Então podemos a partir desse ponto avaliar a importância do equipamento e as atividades desenvolvidas nele, para formação e desenvolvimento ou na construção de um cidadão crítico e consciente, já que as atividades de educação, esporte e cultura têm um caráter não só de lazer, mas de formação. É neste momento, que se entende a concepção do Projeto CEU – Centro Unificado Educacional que somam e equacionam ações Educacionais, Esportivas e Culturais com uma nova e diferenciada dinâmica para  formação e transformação do aluno em cidadão com uma visão global e continuada do ser humano , mas sempre tendo como referência sua bagagem  cultural como ponto de partida.

Assim essa nova visão de um aluno cidadão globalizado vem quebrar com o paradigma que o aluno só se educa e forma na escola, e é avaliado em seu comportamento de forma isolada, não levando em consideração o contexto sociocultural e econômico em que vive. Portanto a concepção desse equipamento de  ter uma proposta diferenciada com ações diferenciadas englobando Educação , Esporte e Cultura , é de fato  um avanço no processo revolucionário que a Educação necessita  , a semente foi plantada ,precisamos , nos profissionais , faze – la germina La.

 

Referencias Bibliográfica:

 

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