LOUCURA X POESIA X SOCIEDADE

LOUCURA X POESIA X SOCIEDADE

LOUCURA X POESIA X SOCIEDADE

Por Ms. Mirian Menezes de Oliveira

 

A expressão emprestada, por analogia, do artigo “Opinião x Loucura x Sociedade” de Adorno é pertinente no sentido de despertar a reflexão, acerca do papel da poesia na administração de conflitos ideológicos e da importância de não se perder de vista o aspecto dialético da existência humana.

A poesia, em sua concepção clássica, foi caracterizada por Aristóteles, como mimética. Apesar do conceito elaborado na Antiguidade, este tipo de linguagem apresenta um diferencial importante, visto que não se presta à simples e mera reprodução dos fatos, não podendo, portanto, constituir-se em instrumento de dominação ideológica. Para o filósofo, o homem é, congenitamente, propenso à imitação, mas esta possui seu valor, na medida em que conduz a um aprendizado.

A poesia resulta da característica, intrinsecamente, humana de analisar imagens e objetos, apreendê-los e aprendê-los por verossimilhança e imitação. Para Aristóteles, esta arte está diretamente ligada ao desejo de aprender, próprio dos filósofos, e dos demais seres humanos.

Em relação a seu aspecto filosófico, vale citar um trecho do pensador, em “Poética (IX)”: “(...) não é ofício de poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. (...) Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela, principalmente, o universal, e esta o particular.”

A realidade grega apresenta-se a nós como algo distante, mas há um ponto interessante a ser destacado: mesmo inserida em espaço e contexto longínquos, a poesia da Antiguidade Clássica prestava-se à conquista do conhecimento. Concebida como imitativa, centrava-se no ser humano e seus valores; embora mimética, não estava à mercê de uma reprodução alienante do pensamento humano, pois a ela era dada a liberdade de refugiar-se em dimensões paralelas, havendo a única preocupação de elevar aspectos da alma humana (Neste caso, havia um enfoque moral.).

A teoria clássica que concebe o poema, a partir de regras bem definidas e rigidez na forma é divergente da teoria moderna, surgida a partir do século XIX e que imprime ao poema uma característica mais aberta em suas estruturas interna e externa. Entretanto, sejam eles clássicos, modernos ou contemporâneos os poemas apresentam, igualmente, em sua essência, a transitividade de elementos e a reorganização de uma realidade. Ao transitar por esferas, aparentemente, opostas e mergulhar em seu interior, o poeta questiona seu próprio ser, mergulha em sua espiritualidade, questiona-se filosoficamente e viaja pelo mundo das idéias. Por outro lado, o leitor de poemas interage com o poeta das mais variadas formas, realizando também um movimento introspectivo. Esta interatividade é estabelecida, de acordo com variáveis internas e externas. Não há como negar que a poesia é transdisciplinar e possui uma característica filosófica.

A transitividade de seus aspectos permite a oscilação entre pólos opostos, numa estruturação ímpar e harmônica:

“Isso tudo nos conduz a um fato corriqueiro: o preconceito idealista contra o que o senso comum chama de antipoético, simploriamente concebido como o contrário do poético. Ora, sendo o poético todo o transitivo, o seu contrário não é o antipoético (o antitransitivo?), mas o não-poético (o in-transitivo). O que este senso comum chama de antipoético é o negativo existencial, ou seja, uma simples face do poético/repulsão, o que se harmoniza plenamente com o fato de este mesmo senso comum reduzir a poesia ao poético/atração.Portanto, o poético reúne o atrativo (o mais caro amor) e o repulsivo (o Estado mais corrupto) – e o antipoético simplesmente não existe.” ( Lyra, 1986: p. 78).

Podemos inferir que a poesia transpõe dimensões, promovendo um movimento constante entre sentimentos de natureza variada. Não assenta conceitos, nem padroniza sentimentos. A linguagem poética possui a capacidade de trabalhar com as múltiplas faces da essência humana e deslocar-se entre o que se considera atrativo e repulsivo.

As oscilações entre os extremos, assim a natureza dialética da linguagem poética transformam-na  em instrumento de reflexão e revisão de posturas ideológicas. Transita entre a loucura e a não-loucura, entre o ser e o não-ser. Não pretende definir, nem assentar verdades. Preocupa-se em provocar movimentos; sua essência transcende e está fora do senso comum. A normalidade e a loucura entrecruzam-se, não havendo delimitadores concretos.

Centrada no eu-poético, realiza, tranqüilamente, a transição entre passado e presente/ experiência e perspectiva/ sonho e realidade; entrelaça dimensões, administra conflitos interiores e propicia essa vivência da essência humana.                                                          

“(...) a poesia tem por objeto o eu (enquanto a prosa, o não-eu), vale dizer, o eu que confere o ângulo do qual o artista vê o mundo, se volta para si próprio. Para o poeta, somente há um centro: ele; ele apenas está atento aos liames que o relacionam com o mundo, e faz de sua subjetividade o objeto essencial de suas investigações; a atitude do poeta é pois uma atitude de debruçamento sobre si próprio, uma atitude contemplativa, não sem analogia com o filósofo (...) Em suma: o objeto verdadeiro da poesia é o reino infinito do espírito”. (Moisés, 1969: p. 46)

A citação de Massaud Moisés, conduz-nos ao caráter rico e multisignificativo da linguagem poética que trabalha valores universais, perpassando valores individuais, incorporando estruturalmente, as contradições que permeiam o ser humano.

A centralização no eu-poético não conduz, obrigatoriamente, a uma atitude narcisista, nem se identifica com banalidades. Entretanto, ao colocarmos tal fato, estamos também sendo contraditórios, pois a poesia, dependendo do contexto, trabalha com banalidades e como é composta por seres humanos pode, perfeitamente, refletir uma atitude narcisista de quem escreve. Temos aqui um paradoxo que instiga questionamentos e, ao mesmo tempo, conduz-nos à ideia de que a linguagem poética gera auto-reflexão, constituindo-se em um provável caminho para a construção da consciência. Por suas características implícitas, libera a criação, trabalhando o espírito e possibilitando um processo mais humanístico e ético de concepção dos fatos. É filosófica por natureza e eleva ao consciente aquilo que antes se encontrava no inconsciente. Está centrada no sujeito e no próprio objeto, conduzindo ao recolhimento necessário, tão bem citado por Walter Benjamin, em seu artigo “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” (1985: p. 193), quando o autor pincela traços distintivos entre distração e recolhimento. Uma obra de arte, quando permite o mergulho de seu  criador, ou apreciador, em sua essência, permite o recolhimento: o contato com o eu. O recolhimento distingue-se da mera distração, cuja fugacidade não permite o exercício da reflexão: o mergulho na essência. A poesia incita o recolhimento, pois trabalha com matéria-prima preciosa: a emoção.

             (...)

A poesia, em consonância com outros tipos de artes, e como instrumento de trabalho transdisciplinar, pode se transformar numa aliada, capaz de singularizar e espiralar o pensamento humano, instigando o pensar reflexivo e livre. Desde que não-coisificada, libera o espírito e contribui para a reflexão acerca do próprio jogo de dominação ideológica. É transdisciplinar, previsível e imprevisível, ao mesmo tempo, estimulando a vivência e a elaboração dialética do conhecimento; é a essência que mobiliza seres humanos e exige deles respostas. Segundo Pedro Lyra, provoca os sentidos, trabalhando com os aspectos transitivos dos seres e das coisas. Numa análise filosófica de sua transitividade, oscila entre dois pólos:   “no da atração, quando o ser favorece ou o não-ser deixa de contrariar; no da repulsão, quando o ser contraria ou o não-ser deixa de favorecer” ( Lyra, 1986: p. 58)

O trabalho com poesia possibilita a libertação do ser e abre caminho para uma abordagem transdisciplinar. Libera questionamentos e afasta-se do senso comum, na medida em que aborda o universal, perpassando o individual (através do eu chega-se ao não-eu).

(...)

Há sempre, indubitavelmente, um posicionamento ideológico do autor e sua visão de mundo, mas, por todas as suas características, o poema, assim como outros tipos de manifestações poéticas, é uma janela aberta: há como entrar e sair, numa constante transição de elementos.

Talvez isso possa ser explicado pelas multi e plurissignificações, sugeridas pelos jogos de palavras, contidas no significante, ou seja no aspecto externo de sua estruturação.

Desde que não se preste aos esquemas previsíveis da indústria cultural (Horkheimer M. & Adorno, 1997: p. 136), cuja estrutura permite moldar os produtos artísticos, adequando-os à ossatura pré-montada dos grupos, ideologicamente, dominantes, ousamos mencionar que a poesia estimula o desenvolvimento do sujeito pensante, embora esteja também atrelada a ideologias. Sabe-se que o mundo contemporâneo engloba contradições dos mais variados tipos, que interferem no aspecto dialético do contrato social que sofre, estruturalmente, uma crise de paradigmas. Vivemos uma época de instabilidade sistêmica, com reestruturação na Ciência e na vivência dos conhecimentos adquiridos.

(...)

A arte previsível e reprodutível, dentro ou fora do espaço escolar, contribui para a transformação de seres humanos em seres genéricos (Horkeimer & Adorno, 1985: p. 136). A indústria cultural busca a totalidade, criando a ilusão de realidade. “O mundo inteiro é forçado a passar pelo filtro da indústria cultural”. (Horkheimer & Adorno, 1985: p. 118). A previsibilidade na indústria cultural está a favor da ideologia dominante como forma de eliminar contradições, como se elas não existissem. Esta reprodutibilidade contida em todos os setores da vida humana, garante a manutenção da ordem vigente. A esfera que envolve o espírito e é responsável pela autorreflexão está relegada ao segundo plano.

A análise superficial dos aspectos referentes a este tipo de linguagem remete-nos a uma abordagem frankfurtiana a respeito de mecanismo da sociedade vigente, que, em prol da validação de uma ideologia, tenta, a todo custo eliminar os movimentos opositores e ignorar a característica espiral do pensamento humano. Somos, muitas vezes, seres dogmáticos, unilaterais e encarcerados em prisões ideológicas.

(...)

A Escola contemporânea ainda não se encontra preparada para administrar estas tensões , advindas das antinomias desse novo mundo. Com exceção dos pertencentes à classe dominante, os demais seres humanos encontram-se à margem do contrato social. Para não servir apenas à ideologia dominante, a Escola de hoje precisa revisar sua característica fragmentária e avançar no processo de reorganização social, utilizando-se de diversos instrumentos e revendo práticas. A fragmentação das unidades referentes ao ser humano (razão, sentimentos e instintos) conduz à educação voltada à formação de seres iguais. Não há como dissociar o pensar, o sentir e o agir e sabe-se que, destes três territórios, o sentir tem perdido espaço no percurso histórico. É importante destacar que, justamente, este campo tem um papel fundamental na formação reflexiva e contemplativa do ser humano.

Numa sociedade, onde a Escola ainda não se descobriu como instrumento de emancipação, é preciso investir nos elementos humanos que nela estão inseridos. É fundamental que haja, entre os educadores, uma prática constante de reflexão, para que, despidos de preconceitos e dos cárceres ideológicos, possam exercitar com liberdade seus pensamentos e seus ideais.

O ser humano jamais se livrará dos aspectos ideológicos que sustentam a engrenagem social, mas ele poderá viver com certa autonomia, se conseguir vislumbrar, criticamente, as limitações e sonhos de sua própria espécie.

(...)

Educadores emancipados são capazes de repensar a Escola cerceadora, traçando-lhe um perfil mais humanístico, ético e, quem sabe até.... poético.

(...)

Há uma essência deslumbrante em cada ser humano, capaz de mobilizar o pensar e o agir. Entretanto, esta essência ligada ao sentimento e ao deslumbramento, perde-se, com o passar dos anos, quando as pessoas deixam de ter controle sobre seus próprios pensamentos e vivem automaticamente seus papéis sociais.

(...)

Viciada, esta Escola reproduz o jogo de dominação e adota posturas metodológicas que reforçam a manutenção da consciência coisificada (Adorno: p. 157). As relações estabelecidas em seu interior nem sempre são saudáveis e valorizam o sujeito pensante. O ser humano não é vislumbrado em sua multiplicidade de aspectos e transforma-se, metaforicamente, em um objeto amorfo no grande conjunto, denominado sociedade.

O esboço de um panorama, aparentemente pessimista, como esse,  apresenta-se como um recurso elementar na reflexão sobre os papéis desempenhados pelos educadores nesta grande e complexa sociedade. A Escola pode ser uma possibilitadora da emancipação ideológica, na qual acredita Adorno, mas, para isso, os educadores têm que atingir um certo grau de consciência, libertando-se de tabus e assumindo a autoria de seus atos.

Conceituar poesia é loucura, mas resta-nos conceituar o que é loucura e em que parâmetros ocorre esta conceituação. Loucura pode ser uma metáfora social distorcida, com pretensão de mascarar a expressão consciente e autêntica do pensamento.

A convivência social, desde o início das civilizações, esteve calcada em ideologias que sempre pareceram assumir as rédeas das vidas das pessoas. Não há como conceituar este complexo condutor de vidas, sem analisar de maneira mais profunda o termo. Afinal, o que é ideologia?

Além de outros conceitos, a ideologia pode ser considerada uma “falsa consciência social”, condicionada por interesses específicos. (Adorno, p.150). Na defesa de uma idéia ou pensamento, grupos que lideram estabelecem o senso comum, utilizando para seu próprio bem a racionalidade e repudiando, simultaneamente, a razão em prol de uma carga emocional, implícita na defesa da idéia. Segundo o autor, tenta-se mascarar, no jogo de relações entre dominante x dominado, a contradição embutida no seio das relações sociais: há, muitas vezes, a imbecilização de uma opinião e a negação do aspecto dialético dos fatos e das relações. A ideologia seria, portanto, um grande fio condutor, sem o qual os fatos estariam fora do controle dos grupos dominantes.

Inserida numa sociedade permeada por contratos, a Escola pode ser considerada como um espaço de contradições, onde há enfrentamento e circunstâncias de dominação. Como espaço de contradição constante, a Escola contemporânea defende, no discurso pedagógico, o respeito  às individualidades e diferenças, mas, muitas vezes, alimenta práticas metodológicas viciadas, criando condições para a estruturação distorcida das consciências individual e coletiva. A loucura, frequentemente, empresta as vestes da normalidade. O próprio termo loucura parece ser empregado de maneira equivocada. Se a normalidade pretende garantir o aspecto linear dos pensamentos e ações, numa atitude de assentamento dos fatos e circunstâncias, e loucura é a desestruturação deste aparente assentamento, é preciso rever o valor semântico pejorativo deste último termo.

A sociedade traz, em sua estrutura mais íntima, a relação indissociável entre os dois pólos. A normalidade é o início da loucura e vice-versa: uma conduz à outra, separadas por um limite quase imperceptível. É possível que a normalidade seja a loucura cristalizada e, aparentemente, sedimentada, prestando-se à manutenção de uma ordem, que desconsidera o caos e tenta eliminar os opostos.

No dicionário Aurélio, encontram-se, entre outros termos, diversos sinônimos para o vocábulo loucura. Entre eles temos: falta de discernimento, irreflexão, absurdo, insensatez. Numa análise grosseira, podemos inferir que os conceitos e definições originam-se de óticas individuais, sendo questionável a carga emocional empregada no termo, quando se trata da livre expressão do pensamento. As idéias consideradas loucas as são sob o ponto de vista de um determinado grupo.

De “Opinião, Loucura e Sociedade”, podemos destacar um trecho significativo: “Os limites entre opinião sã e opinião louca são trazidos, na prática, por uma autoridade imperante e não por um conhecimento objetivo.” (Adorno, p. 142)

Movidos pelo narcisismo, indivíduos ou grupos apoderam-se emocionalmente de uma ideia, utilizando-se de mecanismos, aparentemente, racionais para fundamentá-la. Aquilo que é rotulado como insensato ou irreflexivo pode, perfeitamente, não sê-lo.

(...)

O diálogo entre opiniões, posicionamentos e fatos, aparentemente, divergentes deveria ser uma prática comum entre seres humanos, tendo em vista suas características múltiplas, inconstantes e dialógicas. Entretanto, as variáveis desestabilizam o homo sapiens, que procura acomodações de todos os tipos, dentro de sua racionalidade garantida e protocolada pelos pares. A espécie humana tenta acomodar-se, porque se sente incomodada com suas próprias contradições. Com relação a todos estes conflitos e confrontos, a transdisciplinaridade muito acrescenta, no sentido de despertar uma reflexão sobre os conflitos humanos universais.

(...)

Educadores são seres humanos e, como tais, deslocam, frequentemente, seus anseios e angústias existenciais, às situações de sala de aula, quando estabelecem contato com outros seres como eles, cujos dilemas não diferem tanto assim dos seus.  A centralização no eu-poético não conduz, obrigatoriamente a uma atitude narcisista, nem trabalha com banalidades. Conduz a auto-reflexão, que é um caminho para a construção da consciência, liberando a criação, trabalhando o espírito e possibilitando um processo mais humanístico e ético de concepção dos fatos. É filosófica por natureza e eleva ao consciente aquilo que antes era inconsciente. Está centrada no sujeito e no próprio objeto, conduzindo ao recolhimento necessário, tão bem citado por Walter Benjamin em seu artigo “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica.” (p.193)

Segundo Walter Benjamin, em “Experiência”, na vivência escolar, em nome desta experiência, muitos valem-se de situações que propiciam o questionamento das ilusões e sonhos, próprios da espécie humana, como se as dificuldades e os percalços da vida fossem as únicas situações reais e possíveis de amadurecimento e busca dos ideais. A suposta experiência sufoca a essência poética da vida. Degenera-se em vivência.

Por hora, resta um último questionamento: Há como dissociar a vivência desta essência poética que move os indivíduos? Talvez a autorreflexão e a vivência filosófica possam resgatar esta poesia dispersa pelo caminho

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ADORNO, T. W. “Opinion, Loucura, Sociedad”. Intenciones- nueve modelos de crítica. Venezuela: Monte Ávila Editores, 1969.

ARISTÓTELES. Poética/Aristóteles; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. – São Paulo: Nova Cultural, 1987 (Os Pensadores)

BENJAMIN, Walter. “Experiência”. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus.

_________________  “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica.”  Obras Escolhidas (vol. I). São Paulo: Brasiliense, 1985.

FILHO, Domício Proença. A linguagem Literária. São Paulo: Editora Ática, 7ª edição, 2003. (Série Princípios)

HORKHEIMER M. & ADORNO T.W. “Teoria de la seudocultura” Sociologica. Madrid: Taurus, 1971.

____________________________________    “A Indústria Cultural: O esclarecimento como mistificação das massas.” Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.

LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Editora Ática, 1986. (Série Princípios)

MOISÉS, Massaud. A criação Literária. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1969.

SANTOS, Boaventura de Souza Santos. “Reinventar a democracia: entre o pré-contratualismo e o pós-contratualismo”. In: HELLER, Agnes e outros. A crise dos paradigmas em Ciências Sociais e os desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Contraponto/Corecon, 1999.